Escolher um papel especial, canetas coloridas e dedicar um momento para escrever uma carta parecem práticas que ficaram no passado em um mundo cada vez mais digital. Desconstruindo essa ideia, alunos da rede estadual de ensino descobriram, nessa prática, um gesto de amor, que transforma vidas. É o projeto ‘Carta de Esperança’, que teve sua culminância nesta quarta-feira, 18, com entrega e leitura das correspondências para pacientes internados no Hospital Geral de Palmas (HGP).
O ‘Carta de Esperança’ está sendo desenvolvido na Escola Estadual Elisângela Glória Cardoso, com 36 alunos da 1ª série, na disciplina de língua portuguesa. Eles treinam a escrita, por meio da produção de cartas. Primeiro, a professora e idealizadora do projeto, Eliana Brito Soares Gouveia, explicou qual era a estrutura de uma carta e o objetivo do projeto; na sequência, os estudantes escreveram as correspondências e, após as correções, cinco deles foram até o HGP fazer a entrega e a leitura das produções para os pacientes.
De acordo com a professora Eliana Brito Soares Gouveia, o gênero carta faz parte do currículo e, inspirada em programa de televisão, ela decidiu transformar a prática em sala de aula em experiência que os estudantes pudessem levar para a vida. “Essa é uma forma de fixar o conhecimento e de fazer com que os alunos desenvolvam a capacidade de se colocar no lugar do outro, que sejam capazes de se solidarizar com quem está precisando de uma mensagem de esperança. A ida no hospital gera uma troca de experiências que fica para a vida”, ressaltou.
Para a aluna Jhéssica Luana Oliveira, a iniciativa é um forte gesto de amor. “É importante levar esperança para quem está sem ânimo e, muitas vezes, se sentindo sozinho. Escrever uma carta e lê-la para alguém é um grande gesto de amor que pode deixar o dia da pessoa muito melhor e ajuda na recuperação”. Nessa mesma linha, João Pedro da Cruz Modesto destacou como a prática desperta o interesse pelo outro. “À medida que eu escrevia carta, ficava pensando em como a pessoa receberia o que eu estava escrevendo”.
Sendo a primeira experiência de alguns alunos com cartas, a produção também ajuda a superar a dificuldade de se expressar. “Ajuda a gente sair do nosso mundinho. Uma experiência muito importante. Já fiquei internada uma vez e é bom a gente contar com as pessoas. Enquanto eu escrevo, penso na pessoa que vai receber. Às vezes, a gente fica envergonhado de falar, mas estando escrito a gente lê e demonstra nossa preocupação com o outro”, ressaltou a estudante Maysa Siqueira Martins.
A irmã Joana Darci dos Santos já esteve muitas vezes no HGP levando palavras de conforto e mensagens de fé, mas por um problema de saúde, ela teve que ser internada no hospital. Já prestes a receber alta, ela comemorou a iniciativa. “Foi uma surpresa muito boa ver esses jovens fazendo esse trabalho voluntário. Eles trazem esperança, uma carta toca e eu me senti tocada pela carta que recebi, são mais do que palavras, são traços de amor. Ver jovens se dedicando ao outro, não tem preço”, destacou.
A estudante Isadora Paiva foi quem entregou a carta para a irmã Joana Darci dos Santos e, de acordo com ela, foi uma experiência emocionante. “Estou muito feliz em poder participar desse momento, vou levá-lo para a vida. Estou muito feliz porque ela vai receber alta hoje e eu pude trazer um pouco mais de alegria para ela. Eu queria poder entregar cartas para mais pessoas e farei isso em outras oportunidades”, apontou.
A responsável pelo setor de Humanização do HGP, Goiamara Borges, ressaltou que receber uma carta pode melhorar o estado emocional dos pacientes. “Esse ato pode despertar a consciência deles. Em atividades semelhantes realizadas em outros hospitais, pode-se observar que após receber as cartas, os pacientes dormem melhor, comem melhor, melhoram o estado de espírito”, disse. Goiamara enfatizou ainda que espera que esse seja apenas o primeiro contato com a ação.
Voluntariado no HGP
O Hospital Geral de Palmas recebe diversas pessoas interessadas em realizar algum projeto voluntário na Unidade Hospitalar, para tanto, oferta um curso duas vezes ao ano para habilitar as pessoas a desempenharem essa atividade. O interessado pode entrar em contato com o Setor de Humanização e se inscrever na lista de espera. O curso orienta sobre cuidados relacionados à segurança do paciente, normas de acesso ao hospital e como oferecer conforto por meio de visitas, celebração religiosa, atividades lúdicas, campanhas solidárias, oficinas de artesanato e suporte aos funcionários. Após a participação no curso, será emitido crachá para o voluntário iniciar as atividades no hospital.
Há também o projeto da Revisteca, que recebe doações de livros e revistas que são disponibilizados em alguns pontos do hospital, possibilitando um momento de distração da rotina hospitalar.
As instituições ou pessoas que desejam ser voluntárias no HGP podem entrar em contato pelo telefone (63) 3218-7898.
Fonte: Ascom Seduc
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