Maju Cotrim

A deputada federal do Tocantins e coordenadora da bancada feminina na Câmara dos Deputados, Professora Dorinha visitou a Redação da Gazeta do Cerrado nesta segunda-feira, 30.

Ela falou em caráter exclusivo de várias questões sobre a Câmara, a pauta da Educação e o Democratas, partido que preside no Tocantins.

Como está o Democratas?

A deputada começou falando sobre a situação e as últimas movimentações do partido. A legenda que ela comanda é a mesma que recebeu recentemente o governador Mauro Carlesse.

O Democratas é um partido estratégico a nível nacional e no Tocantins no próximo ano tem planos audaciosos. “O momento do Democratas não está bom por causa do Carlesse, existe toda uma questão nacional. É um partido de centro, liberal e está com a presidência da Câmara e do Senado. No governo Bolsonaro é o que tem mais peso”, disse.

“A presença do governador obviamente faz diferença, ele foi eleito praticamente com todos os prefeitos já apoiando, passou a eleição e numa véspera de eleição do próximo ano aumenta a expectativa dos prefeitos com relação a isso. A presença dele com certeza traz um peso”, disse.

Atualmente são 48 prefeitos filiados e vários com conversação em andamento.

Ela anunciou que fará um grande evento com mulheres para conscientizar sobre a participação na política. “O discurso é de que a mulher não gosta de política, mas ninguém a incentiva”, disse.

A juventude também será alvo da mobilização que acontecerá em todos os estados.

Relação com Carlesse

À Gazeta perguntou sobre a relação com o governador Mauro Carlesse. “É uma relação que entendo como boa. Temos uma relação política e até partidária”, disse. Ela afirmou ainda que não é seu estilo fazer disputa ou briga. “Nosso objetivo é somar”, disse.

Apoio a Cinthia em 2020

A deputada falou também sobre as eleições em Palmas. É possível apoio à prefeita Cinthia Ribeiro. “Estamos tentando ajudar a gestão com mais recursos”.

“O espaço político dela enfrenta muito machismo sim. Na capital esta questão é importante. Quero ajudar na área de Educação que é minha atuação, mas também nas outras”, disse.

“Existe uma disposição também de ajuda inclusive política, mas vamos discutir 2020 em 3030”.

Ele defendeu mais ações culturais na capital para a população na cidade. “Estamos conversando sobre isso”

Novo Fundeb

Segundo a deputada, o Fundeb é responsável pelo financiamento da educação básica, mais de 60%. “O que é a educação básica? É da creche ao ensino médio. Responsável pelo pagamento de professores, pelo funcionamento de escolas, pela manutenção”, explicou Dorinha.

Dorinha afirma que o Tocantins não recebe recurso do Fundeb. “O Fundeb hoje tem hoje uma complementação da União de 10%. Essa complementação só chega a nove estados. Sete no Nordeste e dois da região Norte. O Tocantins não recebe um centavo de recurso federal e eu sou a relatora desse novo Fundeb, que é constitucionalizar esse financiamento. E tem a proposta de que até 2021 o novo Fundeb tenha a garantia de 15% até 40% gradativamente em 10 anos”

Sobre o governo federal, a deputada afirma que Jair Bolsonaro ainda não entende o valor da universidade. “Estamos nessa luta com o governo federal. Se é mais Brasil e menos Brasília, estamos nesse esforço, lógico que madeira gradativa para que a União possa se programar. Tem que chegar a todos os estados. O Tocantins tem municípios pobres. Estamos debatendo isso há quase dois anos”, afirmou.

“Eu sinto o governo precisa conhecer melhor o trabalho das universidades. Ele precisa mudar a imagem. O orçamento que veio nos preocupa. Por exemplo, o apoio ao estudante. A tem quase 90% dos alunos pobres, então, precisamos do apoio estudantil. Muitos são quilombolas, indígenas que vieram da escola pública. Se não houver auxílio, eles não vão permanecer na universidade, não conseguem se manter. Esse trabalho vamos fazer de maneira suprapartidária e articulada no congresso”, reforçou Dorinha.

Dorinha também reforça que alunos quilombolas e indígenas precisam de auxílio do governo, pois eles sempre vem da escola pública. “O orçamento que veio nos preocupa. Por exemplo, o apoio ao estudante. A tem quase 90% dos alunos pobres, então, precisamos do apoio estudantil. Muitos são quilombolas, indígenas que vieram da escola pública. Se não houver auxílio, eles não vão permanecer na universidade, não conseguem se manter. Esse trabalho vamos fazer de maneira suprapartidária e articulada no congresso”, finalizou.