A Justiça decidiu que o médico Álvaro Ferreira da Silva, acusado de matar a professora Danielle Christina Lustosa Grohs, deverá ir à júri popular. A decisão é do juiz Jordan Jardim, da 1ª Vara Criminal de Palmas. O julgamento ainda não tem data para acontecer. O crime aconteceu em dezembro de 2017 e ganhou grande repercussão em todo o estado.

A defesa de Álvaro Ferreira informou vai recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça por entender que faltam provas para a pronúncia dele pelo crime. O advogado Adelmário Alves dos Santos informou ainda que o médico segue afirmando que é inocente de todas as acusações.

De acordo com a investigação da Polícia Civil, o crime teria acontecido por vingança. Isso porque a professora denunciou o médico por violação de medida protetiva um dia antes do crime. Álvaro Ferreira chegou a ser preso após tentar esganar a ex-mulher, mas foi colocado em liberdade no dia 17 de dezembro após audiência de custódia. A professora foi assassinada na mesma noite.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual, após ser solto, o médico entrou na casa da ex-mulher e esganou a vítima até a morte.

“Sem a pretensão de refletir o julgamento plenário, entendo que os elementos de provas colhidos nas fases investigatórias e judiciais, especialmente quando conjugados, demonstram a materialidade delitiva e transmitem indícios suficientes da autoria para os fins dessa apreciação sumária, cuja máxima é a defesa da sociedade”, escreveu o juiz na decisão.

Desde que foi solto, o médico voltou a atender normalmente no sistema de saúde em Palmas. Ele pediu à Justiça que as medidas cautelares, como o monitoramento por tornozeleira eletrônica e a proibição de sair a noite, fossem revogadas. O pedido foi negado.

O caso

O corpo da professora foi encontrado no dia 18 de dezembro. O médico ficou quase um mês foragido após o crime. Ele foi preso no dia 11 de janeiro em Goiás e levado para a Casa de Prisão Provisória de Palmas no dia seguinte. Ele foi localizado após postar uma selfie em uma igreja nas redes sociais. Enquanto esteve foragido, ele deu entrevistas por telefone e mandou mensagens para a mãe da vítima.

A defesa do médico tentou alegar durante as primeiras audiências do caso, em que testemunhas foram ouvidas pelo juiz, que a ex-namorada dele, Marla Cristina Barbosa poderia estar envolvida. Ela chegou a ser presa porque acompanhou ele durante parte da fuga. Não foi feita nenhuma denúncia contra ela porque tanto a polícia quando o Ministério Público entenderam que não há elementos que provem a participação dela no caso.

fonte: G1 TO