“O crime organizado está governando o nosso País”, foi o que alertou o deputado estadual Zé Roberto Lula (PT) durante seu pronunciamento na sessão matutina desta quarta-feira, 30. O deputado repercutiu diversos temas envolvendo o governo Bolsonaro como os incêndios na Amazônia, a ausência de ação efetiva do governo no derramamento de óleo no Nordeste e o mais recente, o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco.

“Tenho falado da ligação não só do presidente, mas de boa parte desse governo com o crime organizado desse País. Os fatos não podem ser desmentidos, não é coincidência que no condomínio que mora o presidente está a alta milícia do Rio de Janeiro, não é coincidência que na região Norte do estado do Rio, a casa de repouso mantida pela família Bolsonaro tenha ligação com as milícias, não é coincidência que as pessoas que representam o sindicato do crime são assessores da família Bolsonaro há mais de duas décadas”, destacou o deputado.

Conforme Zé Roberto explicou, o caso Marielle chega à conclusão “que todo mundo sabia” pois, “o porteiro já havia falado no nome dele [Bolsonaro] e agora nos estamos vendo que a ligação, na realidade, não foi para a casa do presidente, mas o porteiro ligou para o celular do presidente para avisar que o fulano de tal, que foi assassinar a Marielle, ia entrar”.

“É a polícia do Rio de Janeiro que está dizendo isso!”, alertou o deputado ao lembrar a votação de Bolsonaro nas áreas comandadas pelas milícias do Rio de Janeiro. “Houveram lugares comandados pelas milícias, que essa família teve 98% dos votos”, disse.

Responsabilidade

Sobre o derramamento de óleo, que atingiu centenas de praias do Nordeste, Zé Roberto foi categórico ao afirmar que “o governo demorou demais para agir”. Foram 41 dias até que o Palácio do Planalto tomasse as medidas necessárias e com isso, o deputado avalia que houve falta de responsabilidade do governo.

“Eu tenho repetido que a irresponsabilidade, não só dele [Bolsonaro], mas de todo o governo federal está afundando o nosso País em todas as áreas. Primeiro  foi com o meio ambiente e o incêndio programado na Amazônia, depois a demora para tomar uma atitude com o óleo potencializou a catástrofe gerando grande impacto no meio ambiente e na economia do trabalhador e da trabalhadora, que depende das praias para sustentar suas famílias”, destacou Zé Roberto.