O Promotor de Justiça Alzemiro Wilson Peres Freitas, que atua na área de execução penal, expediu recomendação ao governador do Estado, Marcelo Miranda, e à secretária estadual de Cidadania e Justiça, Gleidy Braga, orientando que a administração pública instale, em caráter de emergência, uma unidade prisional de regime semiaberto para atender aos reeducandos da cidade de Palmas.

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Atualmente todos os reeducandos do regime semiaberto da capital cumprem pena em regime domiciliar por não existir um lugar apropriado para sua internação. Isso porque a Unidade Masculina do Regime Semiaberto de Palmas, localizada na quadra 812 Sul, sofreu um incêndio, em agosto de 2016, que destruiu todo o conteúdo dos alojamentos e danificou o telhado, entre outros estragos apontados em laudo pericial.

Após o incêndio, os reeducandos foram remanejados para o Núcleo de Custódia e para a Casa de Prisão Provisória (CPP), tendo suas custódias convertidas posteriormente para a prisão domiciliar com monitoramento eletrônico. Na avaliação do Promotor de Justiça, essa conversão da custódia causa um prejuízo irreparável ao interesse público.

A recomendação do membro do Ministério Público Estadual (MPE) frisa que a instalação da unidade prisional deve contar com todo aparato técnico de infraestrutura, logística e de pessoal exigido pela Lei de Execução Penal  (Lei nº 7.210/84) – inclusive no que se refere ao dispositivo que exige o cumprimento do regime semiaberto em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar.

O documento orienta que a instalação da unidade prisional se dê no prazo de 30 dias. Os representantes do Estado do Tocantins têm prazo de 10 dias para informar se irão acatar a recomendação.