Lucas Eurilio – Gazeta do Cerrado
Parentes de uma família encontrada morta na Fazenda São Pedro, zona rural de Pedro Afonso, região centro-norte do Tocantins, divulgou uma carta aberta nesta segunda-feira, 18, onde cobram as respostas sobre o crime que está há quase 5 meses sem solução. (Veja a carta na íntegra no final da matéria).
Na época do crime, a estudante de Letras do IFTO, Ester Barbosa Dama, de 21 anos, Maria de Nazaré Barbosa Pereira Dama, de 55 anos e José Miguel Dama, de 65 anos, estavam com marcas de violência.
Os corpos estavam do lado de fora da casa quando foram encontrados com hematomas e sangramentos na cabeça. A residência foi totalmente revirada e alguns objetos estavam do lado de fora do imóvel.
Na carta, familiares das vítimas fazem vários questionamentos.
“Quem tinha interesse em assassinar três pessoas que viviam tranquilamente, trabalhando em sua propriedade, sem inimigos e sem confusões? Quem se beneficiaria com essas mortes? A família Barbosa Dama vivia naquele local a 20 anos; a senhora Maria de Nazaré era de família da região, conhecida por todos. Pessoas de bem que lutavam para viver com dignidade e melhores condições de vida”.
Eles dizem ainda que os membros da família eram pessoas alegres e afirmam que eles não tinham nenhum desentendimento. Ester, que morava em Palmas, estava prestes a concluir o curso de Letras.
Em outro trecho da carta familiares dizem que já são vários dias sem respostas e angústia.
“Não é possível que tantas pessoas percam a vida injustamente, enquanto o(s) assassino(s) permanece(m) solto(s) colocando as vidas de tantas outras pessoas em risco. São meses de impunidade, de falta de respostas e angustia. Muitos dias de sofrimento e saudade”.
A Gazeta do Cerrado entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-TO) para saber como estão as investigações e se algum suspeito do crime já foi identificado e aguardamos uma resposta.
Entenda o caso
Três pessoas da mesma família foram encontradas mortas em Pedro Afonso, região do centro-norte do Tocantins.
As vítimas foram encontradas na noite do dia 27 de junho em uma chácara a quilômetros de um local chamado vila Mata Verde, na zona rural da cidade.
As vítimas foram identificadas como Maria Nazaré Barbosa Pereira Dama, de 55 anos, e José Miguel Dama, 65 anos, e a filha deles, Ester Barbosa Dama, 21 anos.
Segundo informações, as vítimas tinham marcas de violência possivelmente causadas por um instrumento de ferro. Os corpos já estariam em avançado estado de decomposição e as mortes teriam acontecido há pelo menos dois dias.
Quando o crime aconteceu, os corpos foram levadas para o Instituto Médico Legal de Palmas.
Carta na íntegra
Dor, angústia, tristeza e muitas perguntas sem respostas. Estes são os sentimentos das famílias de Maria de Nazaré Barbosa Pereira Dama, José Miguel Dama e a jovem Ester Barbosa Dama. Família evangélica encontrada morta no dia 27 de julho, na Fazenda São Pedro – próximo à Vila Mata Verde, município de Pedro Afonso, Tocantins.
Todos os dias os parentes se perguntam: quem tinha interesse em assassinar três pessoas que viviam tranquilamente, trabalhando em sua propriedade, sem inimigos e sem confusões? Quem se beneficiaria com essas mortes? A Família Barbosa Dama vivia naquele local a 20 anos; a senhora Maria de Nazaré era de família da região, conhecida por todos. Pessoas de bem que lutavam para viver com dignidade e melhores condições de vida.
O casal Maria de Nazaré e José Miguel moravam na fazenda e viviam da agricultura familiar. Além disso, possuíam uma casa na Vila Mata Verde, onde iam de 15 em 15 dias, para participarem de cultos, reuniões, consultas e ir a Pedro Afonso fazer compras (uma vez por mês). Eram pessoas alegres, amigas de todos e não tinham divergências com ninguém. A jovem Ester viveu com os pais até os 9 anos, idade com a qual mudou-se para Palmas, para a casa da tia e assim continuar os estudos. Alegre, meiga, estudiosa, era uma garota da qual as famílias muito se orgulhavam.
Atualmente com 21 anos, estava prestes a concluir o curso superior em Letras, no IFTO/Palmas. Ia sempre a fazenda passar férias com os pais, como nesse último mês de julho. Para as famílias os últimos meses tem sido muito tristes. Principalmente por saber que a vida dos três foi ceifada covardemente, e infelizmente até hoje o(s) assassino(s) não foi(ram) identificado(s) e está/ão solto(s), sujeito(s) a cometer outros crimes.
A violência tem aumentado em nosso país e são muitas as famílias que se tornam vítimas da criminalidade, mas é preciso lutar e acreditar na justiça. Não é possível que tantas pessoas percam a vida injustamente, enquanto o(s) assassino(s) permanece(m) solto(s) colocando as vidas de tantas outras pessoas em risco. São meses de impunidade, de falta de respostas e angustia. Muitos dias de sofrimento e saudade.
Sem justiça e sem punição do(s) culpado(s). Por isso, as famílias imploram que se alguém tiver informações, que procure a delegacia de polícia em Pedro Afonso ou telefone para os números indicados pela polícia – (63) 3466- 2070/3466-2290. Ou ligue para o disque denúncia 197 e repasse as informações. Não precisa se identificar. É preciso que todos estejam juntos na luta por justiça. As famílias clamam por justiça!!