Um grupo de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington conseguiu um resultado que pode mudar para sempre os tratamentos de diabetes: fazer com que células tronco se transformem em células capazes de produzir insulina, curando assim pacientes que sofrem de diabetes.
Os testes foram feitos em ratos que possuíam casos extremos da doença, com mais de 500 mg de açúcar presentes em cada litro de sangue (um nível que seria fatal para qualquer ser humano). Quando foram injetadas nesses ratos as células produtoras de insulina originárias de células tronco, em apenas duas semanas o nível de açúcar no sangue desses roedores retornou para o estado normal, mantendo-os livre de diabetes durante meses de monitoramento após a injeção.
O estudo foi publicado nesta segunda-feira (24) na revista Nature Biotechnology, atualizando um estudo anterior da mesma equipe, que já havia conseguido transformar células tronco em células produtoras de insulina, mas que ainda não tinha resultados sobre a eficácia do método em organismos vivos.
O grande problema deste método é a quantidade de células “erradas” que se acaba produzindo no processo de conversão. De acordo com Jeffrey Milman, professor assistente na Universidade de Washington e um dos autores do estudo, o problema do método de conversão anterior era que apenas um quarto da células tronco convertidas se transformavam em células pancreáticas ou de fígado (que são as que produzem insulina), e por isso não era possível criar um tratamento efetivo.
Mas, com o novo método, a taxa de conversão de células tronco para células produtoras de insulina é muito maior, o que permite o uso em tratamentos contra a doença. E, com a prova de que a técnica pode funcionar em ratos, o próximo passo é escalonar o monitoramento dos pacientes injetados com esses células por um período maior de tempo antes de se iniciar os testes em humanos. Mas os cientistas estão otimistas de que esta técnica poderá ser usada para se criar uma cura definitiva para o diabetes.
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