Coronavírus impõe nova rotina no Jalapão; Mateiros estima queda de R$ 9 milhões na arrecadação

Segundo secretário, Jalapão já sobre com impactos do Covid-19

Lucas Eurilio – Gazeta do Cerrado

Pandemia! Palavra muito utilizada nos últimos meses pela população mundial e que causa um certo medo. A doença que começou a se espalhar do outro lado do mundo e em questão de tempos, chegou à todos os continentes. No Brasil, todos os estados estão com casos confirmados e no Tocantins também não foi diferente.

Ultrapassando barreiras intercontinentais, o mundo se viu diante de vilão que ainda não tem cura ou vacina e já matou milhares de pessoas ao redor do Planeta.

O Covid-19 tem acarretado não apenas em impactos negativos na economia, mas também socioculturais.

Tocantins

-Nome é por causa do Rio Formiga (por isso é chamada de Cachoeira do Formiga e não da Formiga) (Foto: Lia Mara/Governo do Tocantins)

Com a chegada da doença no Tocantins, várias medidas tiveram de ser adotadas para evitar a disseminação do vírus para a população.

Banhado por várias riquezas e belezas naturais, a região do Jalapão hoje sofre por conta da pandemia.

A visitação no Parque Estadual do Jalapão está suspensa, além de medidas como o fechamento de vários setores do comércio também tiveram de ser tomadas. Em Mateiros, o Secretário de Desenvolvimento Econômico Meio Ambiente e Turismo, Heberson Martins, disse que os impactos econômicos já estão sendo sentidos.

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Segundo Herberson, a cidade é onde se concentra a maioria dos pontos turísticos do Jalapão.

“O impacto ele era eminente e a gente não sabe ainda como que vai ser o desfecho de tudo isso aí. Mas os impactos foram gigantescos para o Jalapão como um todo. Mateiros é considerada a Capital do Jalapão, porque o Parque Estadual está 100% dentro da cidade, os principais atrativos, Cachoeira da Velha, Dunas, Fervedouros, Cachoeira do Formiga, então a cidade recebe maior fluxo de visitantes”, explicou à Gazeta

“São cerca de 50 mil visitantes por ano e a gente pode contar com uma estrutura lá de 30 meios de hospedagem entre hotéis, pousadas, hosteis, se estende pra camping a gente aumenta mais um pouco, 40. São cerca de 15 restaurantes, bares, lanchonetes, são uns 20 apenas no perímetro urbano. Então, tudo isso tá fechado por determinação do Governo do Estado e também decreto municipal”. ressaltou.

Para o secretário as agências de turismo representam 60% do público e os outros 40% são de turistas que vão por conta própria.

Impacto econômico

Heberson explicou que Mateiros vai deixar de arrecadar cerca R$ 9 milhões mensais por conta da pandemia. “Economicamente falando, a média de gasto dos visitantes é de R$ 2 mil. Se temos 50 mil visitantes por ano, então temos um faturamento de R$ 100 milhões também por ano.  Se a gente divide isso por 12 meses, uma média de faturamento de quase 9 milhões por mês. Tá tudo fechado. Antes a gente tinha fechado parcialmente, agora está tudo fechado. O impacto vai ser de 100%.

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Ele disse ainda que não há muito o que fazer em relação aos impactos econômicos.

“Uma cidade turística, ela funciona praticamente 100% do comércio. Existe o consumo da população local, mas essas pessoas estão praticamente todas isoladas. Elas estão em isolamento social, então o comércio local está ficando aberto, mas não consegue se manter com a população local”.

O secretário que também é empresário disse que não há como fugir da crise econômica.

“Dentro desse contexto nacional, o Jalapão,no estado do Tocantins é o que visivelmente a gente consegue identificar a crise econômica que isso vai gerar. O problema econômico aqui vai ser muito maior do que o problema de saúde. Não temos nenhum caso confirmado na região do Jalapão, e eu acredito que tem que ser feito o isolamento, inclusive porque a gente recebe muitos visitantes de outros estados”.

Medidas

Divulgação

Em Mateiros as medidas que estão sendo tomadas são de conscientização. Foram fechados todos os atrativos, conscientização dos estabelecimentos que estão e vão permanecer em aberto.

“Higienização, intensificar essa questão dos cuidados, álcool em gel, todos esses cuidados aí a gente tomou e tem a fiscalização tanto por parte do Estado, tem fiscalização da Vigilância Sanitária da Prefeitura e agentes municipais. Então fiscalização intensa, tudo isso em parceria com a Polícia Militar”.

Foto – Júnior Vereda

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