Maju Cotrim
Nesta terça-feira, 28, o senador Eduardo Gomes (MDB) completa 54 anos de idade, momento importante para reflexão em meio à pandemia que o país passa e a crise na política. O que uma coisa tem a ver com a outra? Tudo! Eduardo Gomes em pouco mais de um ano no Senado consolidou a projeção nacional como político e garantiu o título de novo líder do Estado.
Não pelo partido, ou do lado de quem está, ou só pelas coisas que fala: pela forma que vive e que escolheu para fazer política. Não assim como num estalo: foram anos de estrada, de circuito em Brasília, de troca com políticos experientes do Estado.
Em tempos de artificialismo e egos nas redes sociais, Gomes que sempre tem algo a dizer sobre os cenários, usa pouco perfis virtuais, mas sem deixar de acompanhar os fatos e polêmicas. Prefere ligar, responder…
As posturas de um político estão casadas com a forma que vive, então faz cada vez mais diferença a maneira que um líder é atendido, ouvido, que ganha assistência pelos corredores e gabinetes em Brasília: eis aí outro ponto que prefeitos e vereadores reconhecem quando se trata do senador.
Chegou no Senado como mais votado, foi para o MDB, eleito segundo secretário, vice-líder do Bolsonaro, líder de Bolsonaro, relatorias importantes para o TO e o país, posicionamento e assistência aos municípios. Trouxe a Codevasf e o Calha Norte e no estilo João Ribeiro (de quem se diz filho político) fez a destinação de emendas sem olhar cor partidária. Empossou Siqueira no Senado, pestes a completar 91 anos, numa homenagem e respeito à biografia do próprio Estado.
Foi apelidado de “bombeiro”, lidera no Congresso as pautas de um governo polêmico, mas com trânsito e respeito das bancadas e principalmente do senador Presidente da Casa, Davi Alcolumbre de quem é amigo pessoal.
Assim que entrou no MDB me lembro de uma analogia de um modelo histórico: “o Eduardo entrou no partido que está o Miranda, deu posse a Siqueira e também é aliado de Carlesse”. Ele quis dizer que pela primeira vez um líder transitava politicamente em todos os grupos políticos do Estado. Marcas registradas de Eduardo: conciliação e respeito político.
Vi durante muitas coberturas o Eduardo dizendo que “chegou como filiado e militante” no maior partido do Estado, vi após um evento com prefeitos ele dividir o microfone com um cantor local surpreendendo a todos, vi em plena cotação nacional para chegar à Casa Civil ele dizer que a “primeira coisa que um líder não deve fazer é cooptar cargo no governo” e vi , dentre tantas outras coisas, ele dizer que a Covid deveria ser a prioridade em meio à ampla repercussão da saída do Moro. Vi por vários episódios o comportamento pessoal sair de cena em detrimento à postura de um líder.
Se ele será governador do Tocantins? Presidente do Senado? Ou até voos ainda mais altos politicamente talvez nem ele saiba responder agora…. até porque nem precisa, tem o tempo a seu favor. Quem vai apoiar nas eleições em Palmas? O que vai dizer sobre os discursos de Bolsonaro? Tudo isso não está acima da racionalidade que cada momento exige.
O fato é que chegando nos seus 54 anos o cidadão tocantinense Eduardo Gomes, filho de Zé Gomes e Dona Gilda, consegue ser político sem abrir mão da cultura, da música, de semear amigos, de uma boa culinária tocantinense e da pauta tocantinense, da ligação e cuidado com os idosos, da causa das crianças com síndrome de Down…. consegue trabalhar fazendo política com naturalidade, no tratamento com as pessoas e com foco na emergência das situações.
A política passa por um momento de descrença difícil em geral independente de correntes políticas. Cada vez se torna impossível forçar abraço em eleitores, sorrisos, fotos pousadas, focar apenas em datas comemorativas….As pessoas querem coerência, sentimento público e postura política decente. Querem empenho nas causas que as afetam, querem ter resultado direto nas ações políticas. Para isso vale lembrar a articulação decisiva do senador para o retorno de centenas de estudantes repatriados em meio á pandemia na semana passada….
Eduardo Gomes é decisivo para as eleições municipais, tem apoiadores e grupos em quase todas as cidades. Vai espalhando sua base sem precisar estar propriamente dito no comando de algum partido. Os líderes o consultam, vão para onde ele estão por exemplo e não por mera cooptação. Só se constrói uma biografia de ocupação qualitativa de espaço político se tiver de fato o que oferecer também como pessoa. Os mandatos passam e os legados ficam. Políticos rasos começam a deixar os cargos a cada eleição num recado claro nas urnas o que torna cada vez mais importante exemplos de políticos alinhados com os ideias populares. As notícias que advém do Eduardo Gomes não são sobre ele, são boas notícias para o Tocantins, fruto de articulações para o Estado.
A história está aí para contar e avaliar: seus gestos e modus operandi político fazem de Eduardo Gomes o líder que o Tocantins moldou e esperou. O futuro é só um questão natural de tempo.
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