Equipe Gazeta do Cerrado

O presidente da OAB, seccional Tocantins, Gedeon Pitaluga se manifestou através de nota sobre a Operação Madset da Polícia Federal no Tocantins. (Veja a nota na íntegra no final da matéria)

Leia sobre o assunto – Operação da PF faz busca e apreensão em endereços de advogados e do presidente da OAB

Os endereços dele passaram por busca e apreensão, segundo a PF. A Operação apura suspeitas de vendas de decisões no Tocantins.

Segundo as informações, mandados foram cumpridos na casa do presidente da OAB-TO Gedeon Pitaluga Júnior e dos outros advogados Renato de Oliveira, Mônica Torres Coelho e Alex Hannemann.

A Gazeta tenta contato com os demais citados na matéria e ressalta que o espaço está aberto casa haja interesse das partes em se posicionar sobre o assunto.

A operação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (28/04), a Operação Madset, visando desarticular organização criminosa suspeita de negociar decisões judiciais no Tribunal de Justiça do Tocantins e branquear os ativos obtidos de forma ilícita.

Aproximadamente 50 policiais federais cumprem 02 (dois) mandados de afastamento de função pública e 7 (sete) mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), além de 25 intimações, nas cidades de Palmas/TO e São Paulo/SP.

Além das medidas já mencionadas, o STJ também determinou a indisponibilidade de cerca de R$ 4 milhões em bens dos investigados. Contudo, o montante das vantagens indevidas obtidas pela organização criminosa pode ser ainda maior.

A ação é resultado dos avanços de investigações conduzidas pela Superintendência da Polícia Federal no Tocantins, após a deflagração da denominada operação Toth, em 15/08/2018.

Os investigados são suspeitos de atuarem na negociação, intermediação e elaboração de decisões judiciais para a obtenção de vantagem financeira indevida, utilizando-se, em seguida, de interpostas pessoas, operações em espécie, associações veladas, empréstimos fictícios, contratos de gaveta, transações imobiliárias e atividade rural, para ocultar e dissimular a real origem e propriedade do patrimônio ilícito.

Além da obtenção de novas provas, com as ações de hoje, busca-se interromper a continuidade dos crimes, delimitar a conduta dos investigados, identificar e recuperar ativos frutos dos desvios, além de resguardar a aplicação da lei penal.

Os suspeitos poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de influência, além de outros ainda sob apuração.

O nome da operação é uma referência a deusa egípcia Madset, filha dos deuses Toth e Maet, associada à justiça assim como sua mãe.

A Polícia Federal ressalta que a situação se mostrava extraordinária e, como tal, foi tratada. Uma logística especial foi planejada minuciosamente, com recrutamento de policiais com perfil específico, orientações de prevenção ao contágio e distribuição de EPIs para todos os envolvidos na missão, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas, investigados e seus familiares.

Veja a íntegra da nota:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Tocantins, Gedeon Pitaluga Júnior, esclarece que não tem qualquer envolvimento com as supostas irregularidades que motivaram a Operação Madset. Informa que está contribuindo com a investigação para se apurar a verdade, em todas as suas circunstâncias.

GEDEON PITALUGA
Presidente da OAB/TO

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