Na sessão ordinária de quinta-feira, 07, a Câmara Municipal de Palmas aprovou requerimento de autoria do vereador Gerson Aves (PSL), que solicita a convocação do secretário municipal de saúde, Daniel Borini Zemuner, para que compareça ao parlamento prestar esclarecimentos acerca dos gastos consolidados, até o momento, no combate ao Covid-19. Segundo o Regimento Interno, os secretários municipais, quando convocados, tem até trinta dias de prazo para comparecer ao parlamento e prestar contas sobre os assuntos previamente determinados.

Gerson Alves, autor do requerimento, explicou o motivo da solicitação.

“Não entendo o porquê do Secretário Municipal se negar a vir até a Casa das Leis. O Secretário estadual esteve – espontaneamente – na Assembleia Legislativa ontem para o mesmo fim. Não consigo entender os motivos dele não querer dar transparência aos gastos realizados. Respeito o voto de cada um dos colegas parlamentares, contudo, discordo deles quando esvaziaram a sessão para não aprovarmos a vinda do gestor”, lamentou Alves.

Na sequência, Tiago Andrino (PSB) enfatizou a importância do Secretário prestar contas à população.

 “Ele poderia ter vindo espontaneamente, pois fizemos o convite, por duas vezes, mas ele recusou. Por isso não tivemos alternativa, senão a convocação, como determina o regimento. Nós queremos saber como está sendo gasto os R$ 26 milhões destinados ao combate à doença. Os testes rápidos que não foram comprados, as UTIs que não foram instaladas, os respiradores que não foram adquiridos, tudo isso a gente quer saber” frisou o pessebista para, logo em seguida, questionar: “Qual a explicação científica para liberar totalmente os ônibus e não autorizar, com restrições, uma loja que vende roupas? Quero saber a opinião dele”.

Laudecy

Na manhã de quinta-feira, 7, a vereadora Laudecy Coimbra (SD) se pronunciou quanto aos discursos agressivos de alguns parlamentares em razão as medidas de enfrentamento para a Covid-19, adotadas pela Prefeitura de Palmas. A líder de governo esclareceu ainda sobre a Medida Provisória nº 2, encaminhada pelo Executivo, que trata apenas da equiparação salarial do presidente da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas.

A vereadora lembrou que desde o início da pandemia a prefeita Cinthia Ribeiro foi criticada em razão as medidas efetuadas, o que se fizeram necessárias com resultados positivos na contenção da doença. “Procuram-se razões para querer criticar a gestão, mas o que me preocupa mesmo é até que ponto a preocupação é com o cidadão que está morrendo”, questionou a parlamentar, quanto a busca de querer adquirir capital político diante de uma tragédia da humanidade.

MP 02

Sobre a Medida Provisória nº 2, a líder de governo explica que foi enviada à Casa de Leis em fevereiro deste ano, quando não se falava ainda de pandemia na Capital. Além disso, ela explica que os cargos de presidentes de autarquias e de Fundação foram equiparados ao de Secretário Municipal em março de 2017, na gestão do ex-prefeito Amastha, aprovado pela maioria dos vereadores. “A MP enviada neste ano trata apenas da equiparação salarial da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas, cargo que não foi incluído anteriormente, mas que exerce papel fundamental e importante sobretudo nesse período de crise na saúde”, assegura.

Laudecy conta ainda que a presidência da Fundação de Saúde está sendo respondida pelo Secretário Municipal de Saúde, uma vez que a prefeita exonerou alguns secretários, como medida de contenção de despesas, o que causou acúmulo de cargos para outros.

Na oportunidade, a vereadora pediu a conscientização dos pares em observar o que será falado em tribuna, “o desejo de ser protagonista não pode ser maior que levar o bem a população que está sofrendo”, chama atenção. “É desumano querer se beneficiar nesse momento de tragédia. É lamentável o que está acontecendo”, contesta.

fonte: Assessorias