Maria José Cotrim
Começaram os trabalhos da Comissão de reorganização política, administrativa e social do Estado nesta terça-feira, 17, na Assembleia Legislativa. Prefeitos, secretários, sindicatos e órgãos de controle participam das discussões. A comissão vai ouvir a sociedade organizada e pretende implantar um orçamento participativo e vai a todas as regiões do Estado ouvir os moradores.
” O que mais preocupa é o conceito social”, disse o presidente, Paulo Mourão ao citar a situação atual do país e do Estado.”Precisamos deixar de culpar governos e gestores”, disse ao pedir um processo de maturidade por parte da sociedade. “Somos capazes de superar estas dificuldades”, completou.
O parlamentar disse: “O que a gente observa que estamos há dois anos num processos de recessão onde a classe produtora e empregadora vive um momento de muita preocupação”, afirmou.
Com o novo ordenamento o Estado terá que dialogar com os setores.Mourão sugerir: ” Fazer uma revisão na concepção de orçamento”, pregou.
O deputado disse que há programas no orçamento que não são executados.
A Assembleia deve estabelecer o índice de apenas 5% de remanejamento do orçamento do Estado, o que segundo Mourão, pode ser um “cabo de guerra” entre Legislativo e Executivo. “Fizemos isso para dar transparência na execução do orçamento. Temos que ter prioridade”, disse. Ele negou que a comissão faça política contra o governo.
A previdência é um dos casos mais graves, segundo apontou a Comissão e
o saldo devedor é de R$ 25 bilhões, conforme o parlamentar.
Os trabalhos da comissão vão continuar nos próximos meses. Professores da UFT e especialistas da área econômica participam das discussões.