Os Guardas Metropolitanos de Palmas (GMPs), iniciaram na última quarta-feira, 03, uma campanha de arrecadação de fundos para custear o tratamento de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) do guarda, Subinspetor José Alves Resplande, diagnosticado com a doença no mês de março deste ano.
Por ser uma doença degenerativa, rara e muito agressiva ainda sem causa definida e sem cura, os tratamentos e terapias ofertadas no Brasil são apenas paliativos no sentido de amenizar e facilitar a vida do paciente. Das poucas informações que se tem é que pode evoluir para um quadro grave muito rapidamente, principal razão que motivou as ações para angariar juntos.
“Os tratamentos mais avançados são realizados em países como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra e custam a partir de 40 mil dólares, para um servidor público, é muito difícil juntar todo esse dinheiro em tão pouco sozinho, por isso decidimos nos mobilizar”, disse a GMP Jaqueline Sonego.
Para conseguir o valor estimado em R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) os familiares e amigos de Resplande deram início a uma vakinha [sic] online que em dois dias já arrecadou 4% da meta final, cerca de 11 mil reais. Além disso, outras ações entre amigos estão sendo programadas para os próximos dias.
Em decorrência da pandemia, as ações de segurança no município estão sendo reforçadas pelos Guardas Metropolitanos em regime de escalas extraordinárias, e desse modo, alguns servidores da instituição se mobilizaram também para doar o pagamento do trabalho extraordinário, executado neste período, para ajudar o amigo de farda.
“Estamos confiantes que conseguiremos arrecadar o total até final da meta estipulada, contudo, precisamos correr contra o tempo, para conseguirmos o quanto antes. A ideia de doarmos um plantão extraordinário é uma forma de impulsionarmos as arrecadações para que nosso colega tenha condições de iniciar o tratamento o mais breve possível”, justificou o GMP Roberson Lima.
Mobilização
O movimento de arrecadação teve início após o Subinspetor Resplande passar por três neurologistas, para diagnosticar a doença, uma saga que iniciou-se em março deste ano. Submeter-se ao tratamento mais avançado é a única esperança para que Resplande restabeleça sua saúde e volte a ter uma vida normal.
Link para Vakinha: vaka.me/1094713
Carreira na Guarda Metropolitana de Palmas
José Alves Resplandes, o GMP Subinspetor Resplandes tem 46 anos, casado, pai de três filhos, é um dos pioneiros na Guarda Metropolitana de Palmas, instituição onde é servidor efetivo há mais de 20 anos. Até agosto de 2019, desenvolvia suas atividades laborais normalmente, quando foi surpreendido por um infarto chegando a ficar três dias na Unidade de Terapia Intensiva.
Ficou, por alguns dias, afastado de suas funções, mas assim que autorizado, retornou aos trabalhos de patrulhamento em viatura pelas ruas e avenidas de Palmas. Em março de 2020 começou a sentir fraqueza e passou a cumprir seu expediente no Quartel da GMP.
Retornou ao médico e começou uma bateria de exames para descobrir qual enfermidade lhe acometia e qual tratamento deveria fazer. Infelizmente, foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma doença muito rara a qual ainda não há causa comprovada e nem tratamento capaz de reverter o quadro no Brasil.
Esclerose Lateral Amiotrófica
ELA é a sigla utilizada para a Esclerose Lateral Amiotrófica que é uma doença que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva e acarreta em paralisia motora irreversível. Pacientes com a doença sofrem paralisia gradual e morte precoce como resultado da perda de capacidades cruciais, como falar, movimentar, engolir e até mesmo respirar.
Apenas cerca de 25% dos pacientes sobrevivem por mais de cinco anos depois do diagnóstico, uma das exceções foi físico britânico Stephen Hawking, morto em 2018. Esclerose Lateral Amiotrófica, significa: Esclerose – endurecimento e cicatrização. Lateral – endurecimento da porção lateral da medula espinhal. Amiotrófica – fraqueza que resulta na redução do volume real do tecido muscular, atrofia.
A ELA é uma das principais doenças neurodegenerativas, assim também, como Parkinson e Alzheimer. A idade é um dos fatores de predisposição mais determinante, prevalecendo nos pacientes entre 55 e 75 anos de idade.
Outras informações: Dinormanda Azevedo 99216-2973