Na manhã desta terça-feira, 14, dezenas de Policiais Penais se deslocaram de suas casa e foram até o interior da cidade de Cariri para protestar pelo pagamento de direitos trabalhistas cobrado pela classe.
O governo está prestes a inaugurar o novo prédio do Centro de Reeducação Social Luz do Amanhã (Novo Presídio de Cariri).
Devido a essa informação, logo após o dia amanhecer, dezenas de Policiais Penais se reuniram de frente ao prédio com faixas e coletes com palavras de ordem e também com um carro de som.
Os policiais permaneceram no local até o meio dia, somente se retiram quando receberam a informação de que a inauguração teria sido adiada em razão do protesto, segundo afirma o grupo.
A inauguração
A inauguração, segundo a Gazeta apurou, ia ser feita hoje com previsão inclusive de vinda do ministro da área porém não foi realizada em razão da impossibilidade de agenda e também pelas circunstâncias da Covid no primeiro escalão do governo federal após o presidente Bolsonaro ter testado positivo.
A Gazeta apurou junto ao secretário de Cidadania e Justiça, Heber Fidélis que os detalhes para a inauguração estão na fase final. A unidade já está em condições de começar a funcionar para atender detentos com Covid. A unidade antiga será desativada para reforma.
Protesto
O Policial Penal Brendo Rodrigues que se deslocou quase 100 quilômetros para participar do protesto, comentou a situação. “Somos autoridades divinamente constituídas, temos poder de polícia e exigimos ser tratados como tais, ainda, se as autoridades do estado competentes não falarem pelos nossos direitos as pedras clamarão! Por onde passar o excelentíssimo senhor governador, vamos aparecer com nossos coletes e faixas, reinvidicando nossos adicionais, direitos garantidos por lei, e que tem sido protelados pelo Estado”, disse um manifestante em áudio.
A Gazeta solicitou uma posição da Seciju sobre o protesto e as cobranças dos manifestantes.
O que alegam os manifestantes
Desde que tomaram posse, há mais de três anos, os Policiais Penais reivindicam direitos trabalhistas previstos em estatuto e que não dora. Pagos ainda como horas extras, periculosidade e adicional noturno. Devido a falta de pagamento desses direitos, no início deste ano os servidores começaram um movimento chamado de Operação Legalidade e Segurança, após previsão de que a situação poderia ser resolvida até junho, a operação foi suspensa.
Equipe Gazeta do Cerrado