Vacinas serão levadas para o Instituto Butantan em São Paulo
As vacinas para teste contra o coronavírus feitas pelo laboratório chinês Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan chegaram a São Paulo na madrugada desta segunda-feira (20).
O avião com as vacinas saiu de Frankfurt, na Alemanha, e, após 11 horas de viagem, pousou por volta das 4h20 no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. As vacinas serão levadas para o Instituto Butantan, na Zona Oeste de São Paulo.
Os testes com 9 mil voluntários começa nesta segunda-feira (20), de acordo com previsão do governo do estado. O Instituto Emílio Ribas, na Zona Oeste de São Paulo, começou a cadastrar na última quarta-feira (15) os voluntários que se inscreveram para participar da terceira e última fase de testes desta vacina contra o novo coronavírus.
De acordo com o governo estadual, o Instituto Butantan está adaptando uma fábrica para a produção da vacina. A capacidade de produção é de até 100 milhões de doses. O acordo com o laboratório chinês prevê que, se a vacina for efetiva, o Brasil ficará com 60 milhões de doses para distribuição.
A parceria havia sido anunciada no dia 11 de junho. Na ocasião, o governador João Doria (PSDB) disse que, se comprovada a eficácia e segurança da vacina, ela será disponibilizada no SUS a partir de junho de 2021.
Esses novos testes da fase 3 da CoronaVac, nome da vacina, serão feitos em larga escala e precisam fornecer uma avaliação definitiva da eficácia e segurança, isto é, a vacina precisa ser capaz de criar anticorpos para imunizar contra a Covid-19
Outra vacina que também está na terceira fase é a de Oxford, que será testada no Brasil pela Universidade Federal de São Paulo. Ela foi a primeira a receber autorização da Anvisa para os testes no país.
Centros de pesquisa
O Emílio Ribas é um dos doze centros pesquisa no país selecionados para a última fase de teste da vacina. O espaço recebia as últimas adaptações nesta quarta-feira para que 700 voluntários possam receber as doses a partir de segunda-feira (20). (Veja o vídeo abaixo)
“Da mesma maneira que a gente sempre quer que alguém descubra a vacina, é importante que a gente também contribua para que isso aconteça”, afirma uma médica de UTI que se inscreveu, mas que não pode ser identificada para não prejudicar a pesquisa.
Toda vacina precisa passar por etapas importantes até ser aprovada. Após a fase pré clinica, com testes em animais, há 3 fases de testes em humanos. Os testes precisam comprovar que a vacina é realmente segura, que produz anticorpos e protege contra o vírus.