O Tocantins é o estado da região norte com o menor número de óbitos por COVID-19 até o momento, somando 451, distribuídos em 84 municípios de residência, o que corresponde a 60% dos municípios tocantinenses.
65% dos óbitos registrados foram do sexo masculino, com predominância da faixa etária acima dos 60 anos ou mais (72%). Observa- se que dentre os óbitos ocorridos, a concentração maior deu-se na região Médio Norte Araguaia (35%).
A taxa atual de letalidade por COVID-19 no Estado é de 1,43%. Além disso, ocorreram 33 óbitos de não residentes no Tocantins, que foram registrados para os estados de origem.
Dentre os mortos 317 são idosos, ou seja, 70% de todas as vítimas fatais no Tocantins. A Gazeta conversou com o Prof. Dr. Luiz Sinésio Silva NetoCoordenador da UMA/UFT sobre a banalização da morte de idosos.
“As atitudes com os idosos que circulam na internet durante o COVID-19 fazem algumas pessoas pensarem que a pandemia é um problema do idoso. O termo científico utilizado para essas atitudes negativas, falsas crenças e preconceitos em relação aos idosos é o “ageismo”, explica.
Ele alerta ainda: “As taxas de letalidade elevadas nos idosos reforçaram a exclusão dessa parcela populacional. Precisamos inverter essa lógica, devemos proteger os mais vulneráveis, como os idosos. A crise atual destaca um perturbador discurso público sobre envelhecimento que questiona o valor da vida dos idosos e desconsidera suas valiosas contribuições para a sociedade”, analisou.
Foram muitos pais, avós, pessoas que contribuíram com a sociedade tocantinense que morreram pela doença.