Em carta aberta encaminhada à imprensa, o filiado no Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de Gurupi, Paulinho Cangati, criticou a escolha da nova presidência do partido na cidade. Segundo Paulinho, a história do MDB está ligada diretamente ao sobrenome “Nunes”.

 

Segundo Paulinho, “todo gurupiense sabe do relacionamento umbilical da família NUNES com o MDB”. “É como se fossem pai e filho, irmão e irmã, sofrendo e se alegrando nos bons e maus momentos, mas sempre trilhando o mesmo caminho”, disse.

 

De acordo com Paulinho, a história do partido com a família Nunes vai

desde Jacinto Nunes e Dolores até a pré-candidata a prefeita de Gurupi, ex-deputada federal Josi Nunes (PROS) que, segundo ele, “cresceu com o partido no sangue até se tornar deputada federal”.

 

Paulinho defendeu Josi Nunes e disse que ela seguiu todas as orientações da liderança do MDB, mesmo contra suas convicções, ausentando-se em apenas uma votação. Fato esse que, conforme o filiado, “não foi suficiente ser perseguida em nível nacional, sem receber nenhum apoio em nível estadual se viu obrigada a buscar abrigo em outra legenda”.

 

Para ele, a nomeação de Dolores Nunes como presidente da Comissão Executiva do partido no município seria o momento em que o diretório regional do MDB “faria justiça com Gurupi e com uma filiada autêntica, apaixonada e fiel”.

 

Por fim, Paulinho ressaltou que “o MDB de Gurupi sempre esteve junto a Marcelo Miranda em todas as decisões importantes e que lhe deram grandes vitórias” e finalizou dizendo que “gesto infeliz na tentativa de uma humilhação ficará marcado na história”.

 

Confira a carta na íntegra:

 

 

MDB de Gurupi: a História merece respeito

 

Como separar a história do MDB do sobrenome NUNES? Desde os difíceis tempos do nosso norte de Goiás, da paixão por uma independência materializada com a divisão.  Uma separação que unia todos. E o MDB esteve lá sempre presente, lutando, desprendido e forte, ao lado de inimigos históricos por um único ideal: o Tocantins.

 

E nessa época o MDB de Gurupi já se fazia ouvir em todo Estado, com voz e força na capital Goiânia, sob a batuta do comandante Jacinto NUNES, Líder inovador e transformador que direcionou a sua Gurupi na direção da prosperidade e desenvolvimento que vemos hoje. Nos trouxe João Cruz, peemedebista de primeira hora, que tanto honrou seu partido com sua dedicação ao seu município. Dolores, sempre firme, próxima que de quem precisa, seja nos bairros de Gurupi, na Assembleia Legislativa e/ou no Congresso em Brasília. Seguida de perto pela filha,  peemedebista frenética e incansável, Josi NUNES. Quantas vezes vimos Josi dividida entre o amor e sua lealdade ao MDB e algumas condutas que não concordava por sua consciência popular e democrática. Dilema que sempre teve o cuidado de resolver de uma forma, como política legítima que sempre foi, servindo aos dois ao mesmo tempo. Com decência e essência. E foi em um desses embates, depois de sacrificada por votar com seu partido em Brasília, que ela teve que decidir por sua consciência e a do povo a quem sempre serviu sob a bandeira do MDB e caprichos partidários, de um partido já não tão convicto de origem de defesa da honra e da democracia: votação de medidas impopulares e escolhas muito menos ainda. O fim da linha dessa jornada iniciada com MDB e NUNES tem seu começo aí. Josi não vota contra sua bandeira partidária mas também não aceita imposição à sua consciência. O já então PMDB, e sua direção nacional, tenta forçar e Josi não aceita e foi, no mínimo, abandonada pela direção estadual que se sentiu acuada por Brasília e não deu a um de seus melhores quadros, Josi NUNES, o apoio que ela sempre dedicou ao seu partido.

 

Todo gurupiense sabe do relacionamento umbilical da família NUNES com o MDB. É como se fossem pai e filho, irmão e irmã, sofrendo e se alegrando nos bons e maus momentos, mas sempre trilhando o mesmo caminho.

 

Isso desde Jacinto Nunes e Dolores até Josi, que cresceu com partido no sangue até se tornar deputada federal. Na Câmara dos Deputados, seguiu todas as orientações da liderança do MDB, mesmo contra suas convicções, ausentando-se em apenas uma votação.

 

E se não foi suficiente ser perseguida em nível nacional, sem receber nenhum apoio em nível estadual se viu obrigada a buscar abrigo em outra legenda. Agora, parecia que o diretório regional do MDB faria justiça com Gurupi e com uma filiada autêntica, apaixonada e fiel, Dolores Nunes, ao nomeá-la presidente da Comissão Executiva do partido no município.

 

Mas, eis que a falta de respeito com história do MDB em Gurupi toma vulto mais uma vez, com o presidente licenciado do diretório regional que reassume o cargo apenas para reiterar a injustiça com a família Nunes e a cidade, destituindo à tarde a comissão provisória aprovada pela maioria dos membros da executiva estadual pela manhã.

 

Vale ressaltar que o MDB de Gurupi sempre esteve junto a Marcelo Miranda em todas as decisões importantes e que lhe deram grandes vitórias.

 

Foi um gesto infeliz na tentativa de uma humilhação que ficará marcado na história. Afinal de contas, o MDB de Gurupi e sua história merecem respeito.

Fonte: Assessoria