O programa Coleta Palmas, inaugurado em 17 de Maio, já supera as expectativas em termos de adesão da população, que tem feito o descarte de resíduos secos nos containers disponíveis no Parque Cesamar, Parque do Idoso, Orquidário de Palmas, Resolve Palmas da Avenida JK e Taquaralto e Escola de Tempo Integral (ETI) Padre Josimo. Destes, os que têm recebido um maior volume de resíduos, segundo o presidente da Cooperativa de Catadores de Produção de Recicláveis do Tocantins “Amigos da Natureza” (Cooperan), Otacílio Cardoso, são os coletores do Parque Cesamar, Resolve Palmas da Avenida JK e Parque do Idoso.
De acordo com o presidente da Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMA), Evercino Moura dos Santos Júnior, o Coleta Palmas deve passar por um período de observação de 90 dias, que inclui conclusão da implantação e verificação da eficácia. “A partir de então, realizaremos os ajustes que forem se apresentando como necessidade, até que o programa tenha alcançado um patamar ideal de eficiência”, antecipou Evercino Moura.
Conforme avaliação do presidente da Cooperam, a população tem atendido o apelo para utilização dos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs). Porém, segundo ele, ainda é necessária uma melhor orientação sobre como fazer este descarte. “Tem sido comum encontrarmos lixo contaminado junto com os recicláveis. No entanto, sabemos que é uma questão de tempo para que haja essa compreensão e adaptação ao programa”, concluiu Otacílio Cardoso.
O Programa Coleta Palmas é resultado de um longo estudo sobre a gestão de resíduos no município e se concretizou como uma ação da Fundação Municipal de Meio Ambiente, encampada pela primeira-dama Glô Amastha, em parceria com as secretarias municipais da Educação, Saúde e Infraestrutura e Serviços Públicos, além da própria Cooperan, Associação de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis da Região Centro Norte de Palmas (Ascampa) e Associação Tocantinense de Empresas Transportadoras de Entulhos, Reciclagem e afins (Asteter).
Orientações
Para o descarte adequado de recicláveis é necessário seguir algumas orientações básicas, sendo que a principal é de que os resíduos são classificados entre orgânicos e não-orgânicos. Destes, existem os contaminados – que não servem para a reciclagem (a exemplo do lixo de banheiro) e os que podem ser reaproveitados e transformados, gerando uma cadeia produtiva de renda e evitando agressão ao meio ambiente.
Os recicláveis se dividem em papel/papelão; plásticos; metal e vidros. Atualmente, em Palmas, a coleta seletiva não trabalha com a reciclagem de vidros. Os containers do Coleta Palmas são identificados para o descarte apenas de papel/papelão, plástico e metal. “É importante que a população esteja atenta na hora de realizar o descarte para não misturar o lixo orgânico com o lixo seco, para evitar a perda do material que pode ser reciclado”, orienta Otacílio Cardoso.
Vidros
Em relação à reciclagem de vidros, a Fundação Municipal de Meio Ambiente está trabalhando para viabilizar a coleta deste tipo de material por meio do Programa Coleta Palmas. Porém é necessária a viabilidade econômica. “Para tanto, estamos buscando atrair empresas interessadas neste tipo de material”, adiantou Evercino Moura.
Enquanto não existe uma destinação específica, a recomendação é que alguns hábitos sejam adotados pela população, entre eles, que seja dada preferência às embalagens retornáveis, quando possível, a exemplo de bebidas cujos vasilhames possam ser reutilizadas, a exemplo de refrigerantes e algumas bebidas alcoólicas.
Já no caso de alguns frascos de alimentos, como conservas em geral, a recomendação é que as pessoas tentem preservar ao máximo as embalagens e depois de esvaziá-las, podem ser doadas a hospitais maternidades que trabalham com bancos de leite para recém-nascidos.
Já vidros oriundos de vidraçarias, a exemplos de espelhos, tampas de mesa, de quadros e similares devem ser encaminhados às próprias empresas que os fabricam, pois estas possuem logística reversa própria. Nos demais casos, as embalagens devem ser encaminhadas ao aterro sanitário.
