O ex-presidente do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Stalin Bucar, servidores e ex-servidores do órgão e a empresa Ana Caroline Empreendimentos e Participação Ltda, são alvo de Ação Civil Pública (ACP) do Ministério Público Estadual (MPE) por atos de improbidade administrativa na expedição de uma licença ambiental para um empreendimento
A Ação é baseada em Inquérito Civil Público (ICP) instaurado em 2016 pela 6ª Promotoria de Justiça na cidade. Nas investigações, apurou-se que alicença de instalação e Operação do Loteamento Jardins Mônaco, da empresa Ana Caroline Empreendimento, foi concedida de forma irregular peloInstituto.
Vistoria de técnicos do Centro de Apoio Operacional de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente (CAOMA) do MPE apontaram que as licenças de instalação e operação foram expedidas sem a apresentação da autorização de exploração florestal.
Segundo o Promotor Aírton Amilcar Momo, constatou-se
No entanto, mesmo ciente das pendências o arquiteto Hélio Oliveira das Neves, que era servidor comissionado do órgão na época, expediu um parecer técnico favorável à emissão das Licenças. No mesmo dia o ex-presidente Stalin Bucar expediu a Licença de Instalação sem exigir a apresentação da autorização citada, ignorando as irregularidades apontadas pela coordenadora de acompanhamento de pequenos e médios empreendiomentos, que afirmou,
A Ação também destaca que outra prova da fraude seria a suposta agilidade na expedição da Licença de Operação, já que no mesmo dia, 06 de agosto de 2010, foi realizado o Laudo de Vistoria, elaborado um Parecer Técnico e expedida a Licença de Operação.
Desdobramentos
A ACP ainda aponta outros desdobramentos na fraude no licenciamento ambiental. As investigações demonstraram que o inspetor de recursos naturais do Naturatins, Aldeci Gomes Leite, deixou de indicar, no processo, a existência de vegetação arbórea remanescente na área de implantação do Loteamento, elaborando irregularmente um laudo no qual apontou tratar-se de área antropizada, com vegetação de pastagem, e sem necessidade de autorização para exploração florestal, permitindo assim o seguimento dos atos administrativos ilegais.
O Laudo do inspetor foi contestado por vistoria do Caoma, que informou ao Promotor, que imagens de satélite revelam a existência em 2009 de vegetação arbórea remanescente,
Pedidos
A ACP pede a justiça que Stalin Beze Bucar, Hélio Oliveira das Neves, Carlos Danger, Ferreira e Silva, Aldeci Gomes Leite, e a Empresa Ana Caroline Empreendimentos e Participação LTDA. sejam condenados por ato de improbidade administrativa, determinando-se o ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração recebida pelos agentes, além de e proibição de contratar com o Poder Público, dentre outros.
O Promotor ainda solicita que seja requisitado ao Naturatins a remessa ao juízo de Informações completas acerca dos períodos em que Stálin Bucar exerceu a presidência do órgão, além de informações sobre os procedimentos relativos ao licenciamento ambiental concedido.