Com o intuito de obter informações para a análise das Eleições Municipais 2020 previstas para meados de novembros, quando revelarão os novos agentes políticos municipais para o mandato 2021-2024, a Associação Tocantinense de Municípios (ATM) promoveu um levantamento dos postulantes aos paços dos 139 municípios tocantinenses. A entidade municipalista observou dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e apoios declarados pelos prefeitos e prefeitas na imprensa e nos canais internos da ATM.

Dos 139 prefeitos no Tocantins, 107 estão aptos a buscarem a reeleição, por estarem em seu primeiro mandato, enquanto 32 finalizaram o segundo mandato ao fim do ano, logo não poderão buscar um terceiro mandato consecutivo ao cargo de prefeito. Do montante de prefeitos aptos a concorrerem a reeleição, 20 não tentarão permanecer na chefia do Executivo municipal.

“Alguns apontam dificuldades de gerência frente à dependência dos Municípios brasileiros de recursos federais, além da sobrecarga de obrigações impostas aos entes locais, que torna extremamente difícil promover investimentos nas cidades”, aponta o presidente da ATM e prefeito de Pedro Afonso, Jairo Mariano.

Sucessores

Dois 32 prefeitos que estão no segundo mandato, 30 lutarão para elegerem seus sucessores, enquanto que apenas dois prefeitos se manterão neutros, sem interesse em apoiar um candidato ou se lançar aos trabalhos de campanha eleitoral. Ainda, dos 20 prefeitos desistentes de uma eventual reeleição, 18 tentarão promover sucessores, enquanto que dois se manterão neutros na corrida eleitoral.

Candidatos únicos

Dois municípios terão candidatos únicos nessas eleições municipais: Barrolândia e Nova Rosalândia. O candidato do primeiro município é o atual prefeito, enquanto que do segundo município é um ex-prefeito. Apesar de apenas uma pessoa esta concorrendo a prefeitura, a eleição ocorre normalmente, com votações e apuração final.

Números Nacionais

Levantamento promovido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) indica que 78,7% dos prefeitos podem se candidatar à reeleição nos pleitos municipais deste ano. Ou seja, dos 5.568 prefeitos, 4.384 gestores estão aptos a concorrer ao pleito pela segunda vez seguida. Os dados foram consolidados com base dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e em cadastros próprios da entidade.

Ainda segundo o estudo da CNM, apenas 1.184 dos prefeitos no exercício atual, ou seja, 21,3%, já foram reeleitos no pleito de 2016 e, portanto, não podem participar da disputa pela prefeitura no segundo semestre de 2020. A região Nordeste lidera com o maior número de líderes municipalistas que podem tentar a reeleição. Ao olhar para cada Estado da Federação, a maioria poderá manter, em média, 80% dos gestores locais após as eleições municipais, projeta a CNM.