Cachoeira do Brejo Limpo – Foto: Marco Jacob/Gazeta do Cerrado

Maju Cotrim – Reportagem Especial Gazeta na Estrada

A retomada pós-pandêmica significa esperança para os tocantinenses. Esperança para todos que perderam os empregos, que ficaram meses de portas fechadas e no Sudeste do Estado, região que de forma crônica sofre todos os anos com a seca, o turismo nasce como a bola da vez para a superação na região.

A Gazeta dialogou com vários operadores de turismo, governantes e população da região neste final de semana durante o projeto #gazetanaestrada. O apelo é um só: fortalecer e estruturar o turismo significa abrir mais empregos e fortalecer a economia da região.

É o que acredita uma das líderes do turismo na região, a presidente da Associação do Turismo, Fernanda Tainã Castro. “Falta os governantes acreditarem que existe turismo aqui nas Serras Gerais… não tem outdoor, uma placa”, disse.

De fato na entrada de Rio da Conceição, por exemplo, nenhuma placa indicativa dos atrativos. Encontramos Dona Magnólia, moradora da cidade, que veio a nosso encontro mesmo sem nos conhecer. Ela reclama muito das condições sociais e teme o fim do auxílio emergencial. “Não sei como vamos fazer daqui pra frente… até as cestas não tem mais”, diz.

Presidente da Associação do Turismo, Fernanda Tainã Castro – Foto: Marco Jacob/Gazeta do Cerrado

Voltando ao turismo, Fernanda é quem nos passa o raio x do setor na região. A Serra integra Pindorama, Natividade, Almas, Dianópolis, Rio da Conceição, Taguatinga e Arraias. Nos últimos anos a Serra Geral tem sido tratada como a bola da vez no discurso institucional mas segundo ela falta investimento e força política para estruturar os roteiros.

Tudo que acontece fica por conta dos empresários e trade turístico que tem buscado se organizar.

A falta de um clima de turismo prejudica a região. “Tem os olhos voltados para o Jalapão sendo que aqui é o maior corredor ecológico do Brasil”, disse Fernanda ao defender a integração das rotas.

As Serras Gerais tem até 12 dias de atrativos formatados para quem quiser conhecer. “As pessoas precisam entender o potencial das Serras Gerais, o governo e as prefeituras precisam entender”, disse.

“Aqui é um destino seguro com todo potencial de convivência e conexão com as pessoas que vivem aqui”, disse. A região tem ainda o tipo de experiência comunitária como participar do processo de elaboração do Amor perfeito em Natividade e a Suça.

O ideal para quem quer conhecer é um roteiro mínimo de cinco dias na região.

Fernanda, que tem a agência Siriema Turismo, foi indicada na ONU no Prêmio de Mulher empreendedora entre as seis do Brasil e única do TO, um protagonismo que deu visibilidade para a região.

Ela fala da falta de prioridade dos governos para a região porém citou que o governo federal tem tido um olhar para a região. “O ministério do turismo nunca esteve tão presente aqui como agora”, disse.

Na cidade, os operadores que trabalham do turismo ainda não vivem só da atividade sendo a área então a segunda opção de maioria dos profissionais. Uma curiosidade: dos condutores locais quase todos já foram ou são brigadistas através do ICMBIO.

Mirante do Cerrado – Foto: Marco Jacob/Gazeta do Cerrado

Destinos

O primeiro destino foi a Cachoeira do Brejo Limpo, para chegar lá passamos por dentro da propriedade do Francisco dos Reis que simpático fez questão de dar as boas vindas.

Atravessamos a ponte do Rio Peixinho onde só pode passar duas pessoas por vez.

“É um rio muito gostoso de tomar banho, tem peixe, Arraia”, explica o guia que acompanha nossa equipe, Jose Neto, morador nato da cidade.

O guia explica que a cachoeira é nível baixo de risco e o local de acesso é muito sinalizado. As árvores do caminho são catalogadas e a trilha de fato é leve.

Jose Neto da Agência JP Turismo – Foto: Marco Jacob/Gazeta do Cerrado

No meio passamos pelo acesso para as 17 travessias do Brejo limpo que tem um grau maior de dificuldade.

Quando chegamos na cachoeira uma visão de tirar o fôlego mostrando que através do turismo renasce as esperanças na retomada pós-pandemia numa cidade carente de emprego e renda.

Muitas curiosidades no caminho como a árvore que nasceu em cima da pedra todas as espécies local ser um catalogadas.

Encontramos um grupo de turistas de Brasília que dizem que optaram pelo local através de referências de amigos da região.

O valor do investimento para conhecer o curtir atrativos vai de R$25, preço para ter acesso a Lagoa da Serra, por exemplo, até pacotes de R$2,5 mil por cinco dias incluindo todo o custo.

JO Turismo

Quem quiser montar um roteiro pode encontrar em contato com a agência JB Turismo falar com o José Neto no contato: 992505639. A Gazeta agradece ao guia que gentilmente se propor a mostrar os atrativos á nossa equipe.

Confira os vídeos:

Confira matéria sobre o Mirante do Cerrado, novo atrativo das Serras Gerais

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