Maju Cotrim Jacob – Foto: Arquivo pessoal

 

Maju Cotrim- Editora Chefe Gazeta do Cerrado

Acaboooou. Bem assim no estilo Galvão Bueno naquela copa de 1994. Aquele meme sempre usado em grupos de WhatsApp e redes sociais.

Chegou ao fim uma campanha com termômetros diferentes em cada uma das 139 cidades. Estive nas maiores e passei por outras menores e vi de perto essa diferença de clima eleitoral.

As bolhas dos políticos estavam animadas, mas poucos conseguiram mobilizar de fato os cidadãos e moradores em geral. Dar tchauzinho em carreatas ou passar em caminhadas, visitar comércios: todas essas movimentações normais de campanha aconteceram mesmo com pandemia, mas com desafios maiores.

Aliás, que pandemia? Ela não atrapalhou ampla maioria das cidades e as restrições foram em poucos municípios através de recomendações judiciais. No mais os ritmos, adesivaços, comícios e grandes reuniões lotados com cadeiras coladas uma nas outras, com máscaras, apertos de mão e tudo aquilo que a justiça eleitoral pediu para se ter cuidado. Campanha é calor humano e nem o vírus consegue mudar isso.

As máscaras foram ingredientes diferentes nestas eleições.

De tudo um pouco se viu nesta campanha, episódios que pautamos ao longo dos dias aqui na Gazeta numa cobertura qualitativa.

Foi uma campanha que os apoiadores políticos, deputados e senadores não pouparam esforços para levar apoio a seus aliados. E teve tanta surpresa em alguns apoios.

Candidatos pendurados pela justiça eleitoral e que em seguida voltaram ao jogo alterando o cenário em suas cidades. Um Bico do Papagaio fervendo com as movimentações… Miracema com sentimento popular forte. Paraíso sem clima de campanha nas ruas.

Uma campanha na qual no caso da capital as narrativas diversas tentaram predominar num cenário que desde o início já apontava uma tendência. Muita coisa esperada não vingou e isso é fato.

Uma campanha que abre ou fecha caminhos importantes para 2022 quando a disputa será estadual. Que vai fortalecer uns e chamar outros à reflexão.

Foi a campanha onde os memes estiveram “on” e que muito candidato foi visto e percebido com desconfiança pela população.

A guerra jurídica e um verdadeiro festival de suspensão de pesquisas também impressionaram principalmente na capital. Quando as urnas abrirem será necessário avaliar o que de fato aconteceu sobre isso.

Campanha que teve humor, muita pisadinha, discursos fortes e exagerados com “calcinha e cueca” no palanque e até misoginia como se um processo eleitoral fosse um vale tudo e não a manifestação da democracia e a disputa pelo melhor projeto de desenvolvimento.

Em muitos colégios eleitorais um revanchismo preocupante de se ver, fake news, apelidos… ex-aliados se atacando como num ringue. Teve montagem criminosa, pula pula de apoios, operação da PF em meio a denúncias…

Para quem esteve perto, ou só acompanhando pelas redes a sensação é a mesma: parece o mesmo jeito de fazer política, mas de uma forma atípica com uma pegada mais virtual.

Na capital, as urnas vão mostrar o que o eleitor achou de tanto ataque e crítica contra a gestora Cínthia Ribeiro…em Araguaína a resposta será se o povo vai referendar a continuidade do jeito Dimas de governar elegendo Wagner Rodrigues como indicam as pesquisas registradas.

Em Gurupi, a campanha pegou fogo… a cidade vive intensamente as eleições na disputa entre Josi Nunes e Gutierres Torquarto com participação dos principais líderes do Estado na eleição e após episódios polêmicos e até lamentável.

Uma campanha municipal na qual as mulheres brilharam com segurança e compromisso com as bandeiras no desafio da busca da representatividade nas prefeituras e Câmaras. Duas das três maiores cidades do Tocantins poderão ser governadas pelas mulheres.

Teve também muita criatividade em alguns planos de governo com propostas interessantes em áreas importantes e por outro lado proposições sem viabilidade apenas com tom eleitoreiro. De tudo e mais um pouco.

Que a população vá às urnas neste domingo e faça valer sua vontade acima de qualquer interesse político.

Boa votação a todos os tocantinenses! Levem a caneta, sigam as orientações de segurança e façam valer sua vontade por sua família e sua cidade.

Acompanhem todos os detalhes na Gazeta do Cerrado.