Entre os danos causados pela COVID-19 ao organismo estão como problemas nos pulmões, rins, coração, intestino e até mesmo no cérebro. Além disso, de acordo com um estudo recente, a síndrome da fadiga crônica também pode surgir mesmo após o período de contaminação pelo vírus.

A síndrome da fadiga crônica – também conhecida como neuromielite miálgica – é considerada uma doença neurológica resultante de infecções virais. Assim, a condição é caracterizada por sintomas de cansaço, dores musculares e articulares, febre baixa e perda de memória. Geralmente, a fadiga crônica dura, em média, entre oito e 12 meses.

O que diz o estudo

O estudo, que foi publicado na revista científica Plos One, contou com a participação de 128 pessoas com idade média de 50 anos, que foram infectadas pelo coronavírus. Dessa maneira, os pesquisadores analisaram fatores como a gravidade do COVID-19, níveis de marcadores inflamatórios e condições pré-existentes.

A análise ocorreu 72 dias após a alta hospitalar dos participantes e, para quem não necessitou ficar internado, 14 dias depois do diagnóstico.

Os resultados mostraram que 67 participantes apresentaram fadiga por pelo menos 6 semanas após a infecção pelo vírus, enquanto 54 relataram sentir-se bem e sem sequelas. Além disso, também foi descoberto que mulheres com histórico de ansiedade ou depressão eram mais suscetíveis a desenvolver a fadiga crônica.

Tratamento para fadiga crônica

Normalmente, o tratamento da síndrome da fadiga crônica é realizado com medicamentos como paracetamol e dipirona. Em casos mais graves, a síndrome pode atingir o estado emocional do indivíduo, por isso antidepressivos também podem ser prescritos.

É importante ressaltar que a prática de exercícios físicos é essencial para se recuperar de qualquer infecção viral. Opte por atividades como caminhada, pilates e yoga, mas lembre-se de conversar com seu médico antes.