Especial 1º Seminário Antirracista da Gazeta do Cerrado

 

Algumas vidas foram marcadas por violência e sentiram na pele que a cor da própria pele afeta a reação das outras pessoas. 

Além de sentirem a diferença, o preconceito e a violência: trocaram o vitimismo por atitudes, moldaram os próprios pensamentos e vida para despertar a consciência ao maior número de pessoas possível. Mesmo sem saber a dimensão de suas atitudes ou quais barreiras conseguiriam romper. 

Cada personalidade atuou como pode e com as armas que tinham, alguns utilizaram as palavras, outros a música, assim como na literatura, no pensamento crítico e até na política. Mas todos contribuíram no processo de transição entre o olhar para a cor da pele, e o olhar para a essência de cada pessoa. 

Algumas vertentes contraditórias alegam que levantar o assunto racismo, ou preconceito é exaltar o próprio tema. Mas a maioria dos que afirmam isso, não passaram ou não consideram que, para que haja uma transição, é preciso alertar o que está errado e o que precisa ser corrigido e muitas vezes até punido. 

Mortes, tortura, estupros, racismo, bullying, piadas de mal gosto, e até comentários desnecessários, são os erros, praticados com crueldade e fazem parte dos abusos escritos com o sangue derramado na história destes povos. 

As consequências e as mazelas destes atos libidinosos que carregam o peso da cegueira histórica proposital, contem traços e efeitos que prejudicam as relações interpessoais e inclusive refletem na relações profissionais e na desigualdade social. 

A Gazeta do Cerrado separou algumas das personalidades que ajudaram a abrir os olhos do mundo e levantar a questão do racismo, da injustiça social e da legitimidade em buscar o próprio espaço ocupado por aqueles que ontem precisavam dizer que os escravos e os índios não tinham sequer alma, e assim justificavam as atrocidades cometidas contra estas pessoas de tantos povos diferentes. 

Além de algumas frases que marcaram sua passagem e inspiraram a humanidade. 

Confira a lista abaixo:

Viola Davis

Foto- Mingle Media TV

É uma atriz e produtora norte-americana, que desde a infância descobriu a paixão pelos palcos. Nascida em 11 de agosto de 1965 na Carolina do Sul, ela é formada em artes cênicas, ela participou de diversas séries como CSI por exemplo, além de filmes. Sua mãe foi uma ativista durante o Movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Quando Davis tinha dois anos, sua mãe foi presa em um desses protestos, a levando junto com ela. A atriz descreveu-se como tendo vivido na pobreza abjeta e disfunção durante sua infância, e lembra de ter morado em apartamentos condenados e infestados de ratos. Davis reprisou seu papel como Rose Maxson para a adaptação cinematográfica de Fences, pelo qual recebeu aclamação da crítica e sua terceira indicação ao Oscar, tornando-se a primeira atriz negra na história a conseguir esse feito. Davis é prima do ator Mike Colter, conhecido por interpretar Luke Cage, um super-herói da Marvel Comics. Viola é a primeira mulher a alcançar a Tríplice Coroa da Atuação, na qual venceu um Óscar de melhor atriz coadjuvante, um Emmy Award como melhor atriz principal e dois Tony Awards também como atriz principal. Em 6 de janeiro de 2017, Davis ganhou uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood. Em 22 de janeiro de 2018, Davis estreou Two-Sides, uma série de documentários que explora a brutalidade policial contra a comunidade afro-americana. 

 “Como mulheres negras, sempre passamos por experiências aparentemente devastadoras – experiências que poderiam absolutamente nos derrubar. Mas o que a lagarta chama de fim do mundo, o mestre chama de borboleta. O que fazemos como mulheres negras é criar a partir das piores situações.”

 

Luiz Gama

A vida e o legado de Luiz Gama, herói da liberdade – Hora do Povo

Foto: reprodução – Hora do Povo

 

Filho de uma africana livre e de um fidalgo português, Luiz Gama nasceu livre em 21 de junho de 1830 na Bahia. Foi vendido como escravo pelo próprio pai aos 10 anos, e permaneceu analfabeto até os 17 anos de idade. Abolicionista, publicou “Primeiras trovas burlescas”, uma coletânea que fazia crítica social e política da sociedade brasileira, além de ter se dedicado à libertar diversos negros durante a escravidão. Apesar de considerado um dos expoentes do romantismo, obras como a “Apresentação da Poesia Brasileira”, de Manuel Bandeira, sequer mencionam seu nome.Teve uma vida tão ímpar que é difícil encontrar, entre seus biógrafos, algum que não se torne passional ao retratá-lo — sendo ele próprio também carregado de paixão, emotivo e ainda cativante. Foi um dos raros intelectuais negros no Brasil escravocrata do século XIX, o único autodidata e o único a ter passado pela experiência do cativeiro. Pautou sua vida na luta pela abolição da escravidão e pelo fim da monarquia no Brasil, contudo veio a morrer seis anos antes da concretização dessas causas. Luiz Gama morreu no dia 24 de agosto de 1882 em São Paulo, vítima de diabetes. A morte de Gama e o discurso engajado junto ao seu túmulo marcaram o fim desta primeira fase do movimento abolicionista, marcadamente “legalista” (constituição de fundos para a aquisição de cativos e sua alforria, ações judiciais libertadoras) e teve início a fase de ações efetivas de combate aos escravistas: dirigida por Clímaco Barbosa, a campanha passou às “vias de fato”, onde pessoas acolhiam escravos fugidos, escondendo-os em suas casas até serem encaminhados ao Quilombo do Jabaquara, em Santos, e estimulando a fuga em massa das fazendas.

“Em nós, até a cor é um defeito. Um imperdoável mal de nascença, o estigma de um crime. Mas nossos críticos se esquecem que essa cor, é a origem da riqueza de milhares de ladrões que nos insultam; que essa cor convencional da escravidão tão semelhante à da terra, abriga sob sua superfície escura, vulcões, onde arde o fogo sagrado da liberdade.”

 

Nelson Mandela

Foto- South Africa The Good News º CC BY 2.0

Ex-presidente da África do Sul foi também advogado e líder rebelde, nasceu em Cabo Oriental, União Sul-Africana em 18 de julho de 1918. Passando do interior rural para uma vida rebelde na faculdade, transformou-se em um jovem advogado na capital e líder da resistência não violenta da juventude, acabando como réu em um infame julgamento por traição. Foragido, tornou-se depois o prisioneiro mais famoso do mundo e, finalmente, o político mais galardoado em vida, responsável pela refundação do seu país como uma sociedade multiétnica. Mandela passou 27 anos na prisão – inicialmente em Robben Island e, mais tarde, nas prisões de Pollsmoor e Victor Verster. Depois de uma campanha internacional, ele foi libertado em 1990, quando recrudescia a guerra civil em seu país. Em dezembro de 2013, foi revelado pelo The New York Times que a CIA americana foi a força decisiva para a prisão de Mandela em 1962, quando agentes americanos foram empregados para auxiliar as forças de segurança da África do Sul a localizá-lo. Seus críticos apontam seus traços egocêntricos e o fato de seu governo ter sido amigo de ditadores simpáticos ao Congresso Nacional Africano (CNA). Em sua vida privada, enfrentou dramas pessoais mas permaneceu fiel ao dever de conduzir seu país. Foi o mais poderoso símbolo da luta contra o regime segregacionista do Apartheid, sistema racista oficializado em 1948, e modelo mundial de resistência. Faleceu em 05 de dezembro de 2013 vítima de uma infecção pulmonar. Foi homenageado pela Organização das Nações Unidas que instituiu o dia 18 de julho seu aniversário, como o Dia Internacional Nelson Mandela, uma maneira de legitimar a luta pela democracia e pela liberdade.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa por sua cor da pele, sua origem ou sua religião. As pessoas podem aprender a odiar e, se podem aprender a odiar, pode-se ensiná-las a aprender a amar. O amor chega mais naturalmente ao coração humano que o contrário.”

 

Barack Obama

Foto: reprodução

Nascido em Honolulu(Havaí) em 04 de agosto de 1961, além de advogado e político norte-americano de 59 anos, trabalhou como organizador comunitário e ensinou direito constitucional na Universidade de Chicago. Em 2004, após vencer a primária democrata da eleição para o Senado em Illinois, Obama foi convidado para fazer o discurso principal da Convenção Nacional Democrata daquele ano, e, com isso recebeu atenção nacional da mídia. Em novembro, foi eleito Senador com quase 70% dos votos. Obama começou sua campanha presidencial em 2007 e em 2008, depois de uma acirrada disputa nas primárias do partido com Hillary Clinton, conseguiu apoio suficiente para ganhar a nomeação do Partido Democrata para a presidência dos Estados Unidos. Ele derrotou o candidato republicano John McCain na eleição geral de novembro, tendo sido empossado presidente em 20 de janeiro de 2009. Durante seu primeiro mandato, Obama sancionou propostas de estimulo econômico e outras iniciativas em resposta à Grande Recessão e à crise financeira. Outras importantes iniciativas nacionais neste período incluem a aprovação e sanção da Lei de Proteção e Cuidado ao Paciente, projeto este que passou a ser chamado de Obamacare, e revogou a política “Não pergunte, não conte”. Na política externa, Obama ordenou o fim do envolvimento norte-americano na Guerra do Iraque, aumentou a quantidade de tropas no Afeganistão, assinou tratados de controle de armas com a Rússia, autorizou uma intervenção armada na Guerra Civil Líbia e ordenou uma operação militar no Paquistão que resultou na morte de Osama bin Laden. Durante seu segundo mandato, Obama promoveu políticas internas relacionadas com o controle de armas, em resposta ao tiroteio na escola primária de Sandy Hook e outros massacres, e defendeu a igualdade LGBT. No âmbito externo, a fim de conter a ameaça do grupo Estado Islâmico na região do Oriente Médio, ordenou a volta de tropas militares ao Iraque e autorizou ataques aéreos e navais na Síria. Além disso, continuou o plano de encerramento das operações de combate norte-americanas no Afeganistão, promoveu discussões que levaram ao Acordo de Paris de 2015 sobre mudanças climáticas globais, firmou um acordo nuclear com o Irã, e iniciou o processo de normalização das relações entre Cuba e EUA. Foi o 44º presidente dos Estados Unidos, sendo o primeiro afro-americano a ocupar esse cargo, em 2009 recebeu o prêmio Nobel da Paz.

“A mudança não virá se esperarmos por outra pessoa ou outros tempos. Nós somos aqueles por quem estávamos esperando. Nós somos a mudança que procuramos.”

Malcolm X

Foto- Reprodução I Wikimedia Commons

Foi um dos principais defensores do Nacionalismo Negro nos Estados Unidos. Nasceu em 19 de maio de 1925 em Nebraska, EUA, ainda criança seu pai foi assassinado por brancos, provavelmente membros da Ku Klux Kan. Com a mãe em um hospital psiquiátrico, ele e seus irmãos foram para o orfanato, preso por roubo e receptação foi na penitenciária que se transformou em um dos líderes mais carismáticos estadunidenses. Fundador da Organização para a Unidade Afro-Americana, mobilizou brancos e negros na conscientização sobre os crimes cometidos contra a população afro-americana. Com o passar do tempo, Malcolm foi ficando cada vez mais famoso.A principal reivindicação de Malcom X era a melhoria da qualidade de vida para os negros na América. Pelo menos num ponto seu programa diferia do de outros grupos: Malcolm X argumentava que eles tendiam a esperar mais mil anos para alcançarem seus objetivos. Começou a se distanciar do clichê de que todos os brancos são “endemoniados” e não queria continuar mantendo a fachada de movimento puramente religioso e apolítico. Foi morto com 13 tiros no dia 21 de fevereiro de 1965 aos 39 anos. 

“Uma raça de pessoas é como um homem individual; até que use seu próprio talento, se orgulhe de sua própria história, expresse sua própria cultura, afirme sua própria individualidade, ela nunca poderá se realizar sozinha.”

Frantz Fanon

IMEC Images

Nasceu no dia 20 de julho de 1925 na Martinica, filho de um pai que ocupava um bom cargo de administração, Frantz frequentou boas escolas e se tornou psiquiatra, filósofo e ensaísta francês. Trabalhou como médico psiquiatra em hospitais franceses, nos quais a partir daí, participou ativamente na política africana pós-colonial. Em dezembro de 1960, depois de circular por várias partes do continente africano fomentando a necessidade de expandir a guerra de libertação a outros países, no auge de sua atuação política, Fanon inicia a escrita de um livro que problematizaria a relação da revolução argelina com outros povos do Continente. No entanto, para a sua surpresa é diagnosticado com leucemia, e percebe, mediante aos estágios que a medicina se encontra nesta época, que lhe resta pouco tempo de vida. Fanon, ainda hoje, é um nome central nos estudos culturais, pós-coloniais e africano-americanos, seja nos Estados Unidos, na África ou na Europa. Fala-se muito de estudos fanonianos, devido ao tal volume de estudos que têm a sua obra como objeto de reflexão. Morreu de leucemia em 06 de dezembro de 1961 nos Estados Unidos. Suas obras foram inspiradas em mais de quatro décadas de movimentos de libertação anti-coloniais.

“Afirma-se de bom grado que o homem está sempre em questão perante à si próprio, e que se renega quando pretende já não o estar. Ora, parece ser possível descrever uma dimensão primeira de todos os problemas humanos. Mais precisamente: todos os problemas que o homem se põe acerca do homem podem reconduzir-se a esta questão: Não tenho, pelos meus actos ou pelas minhas abstenções, contribuído para uma desvalorização da realidade humana? Questão que também poderia se formular assim: Será que tenho em todas as circunstâncias reclamado, exigido, o homem que há em mim?’

Bell Hooks

Clássico do feminismo negro, obra de estreia de bell hooks é relançada no Brasil - Jornal CORREIO | Notícias e opiniões que a Bahia quer saber

Foto: reprodução – Jornal CORREIO

Gloria Jean Watkins é uma escritora americana que nasceu em Hopkinsville no dia 25 de setembro de 1925, e atuante em diversos campos: sendo professora, teórica feminista, artista e ativista social.  O nome “bell hooks” foi inspirado na sua bisavó materna, Bell Blair Hooks. A letra minúscula pretende dar enfoque ao conteúdo da sua escrita e não à sua pessoa. O seu objectivo, porém, não é ficar presa a uma identidade em particular mas estar em permanente movimento. Sua obra incide principalmente sobre a interseccionalidade de raça, capitalismo e gênero, e aquilo que hooks descreve como a capacidade destes para produzir e perpetuar sistemas de opressão e dominação de classe. Hooks tem uma perspectiva pós-moderna e influenciada pela pedagogia crítica de Paulo Freire. Estudou em escolas públicas para negros, quando nos Estados Unidos praticavam a segregação racial. Bell Hooks já escreveu mais de trinta livros de variados gêneros como crítica cultural, teoria, memórias, poesia e infantil.

“O feminismo tem sua ‘linha justa’, e as mulheres que sentem necessidade de uma estratégia diferente, um alicerce diferente, muitas vezes se veem marginalizadas e silenciadas.”

 

Maya Angelou

Foto- Deborah Feingold – Corbis via Getty Images

Pseudônimo Marguerite Ann Jonhson foi uma escritora e poetisa americana, nascida em 04 de abril de 1928 na Carolina do Norte, Estados Unidos.  Viveu boa parte da infância na casa da avó, ainda criança, foi abusada pelo esposo de sua mãe, o que a deixou muda por muitos anos e encontrou na literatura uma forma de libertar-se do trauma com o apoio de uma vizinha. Aos 15, Maya tornou-se a primeira motorista negra de ônibus em São Francisco e tornou-se mãe solteira numa época em que isso não era comum. Em anos posteriores, ela se tornou a primeira mulher negra a ser roteirista e diretora em Hollywood. Nos anos 60 tornou-se amiga de Martin Luther King Jr. e Malcolm X, vindo a servir na Conferência da Liderança Cristã do Sul com Dr. King, e a trabalhar anos para o movimento de direitos civis. Também nos anos 60, viajou pela África, onde trabalhou como jornalista e professora, ajudando vários movimentos de independência africanos. Em 1993, Angelou leu um de seus poemas, chamado “On the Pulse of Morning”, na tomada de posse de Bill Clinton como presidente; este foi um dos pontos altos de sua carreira: recebeu o Grammy de melhor texto recitado pela sua leitura, e novamente a trouxe para a vista do público. Ao final de sua carreira, foi professora de história americana na Wake Forest University, Carolina do Norte, fazia excursões e dava palestras em vários lugares. Foi achada morta por sua enfermeira na manhã de 28 de maio de 2014, aos 86 anos.  Em 2015 um selo do serviço postal dos Estados Unidos foi emitido em comemoração à Maya Angelou. 

“Você pode me disparar com suas palavras, pode me cortar com seus olhos, pode me matar com seu ódio, mas, ainda assim, como o ar, eu me levantarei.” 

Emicida

Emicida posa para revista e fala da mudança no rap nacional | OFuxico

Foto: Reprodução – O Fuxico

Nascido em São Paulo no dia 17 de agosto de 1985, Leandro Roque de Oliveira mais conhecido como Emicida, considerado uma das revelações do hip hop em 2000, é rapper, cantor e compositor. Nasceu pobre e no início, vendia suas composições para um amigo, sempre foi bom no improviso e por isso se tornou um dos rappers mais respeitados do Brasil gravando músicas com diversos artistas. A primeira aparição do rapper na mídia – fora as batalhas de improvisação – foi o single “Triunfo”, acompanhado de um videoclipe com mais de 8 milhões de visualizações no YouTube. Além de ser cantor, Emicida atuou como repórter nos programas Manos e Minas, da TV Cultura e no sangue B da MTV. Em 2015, lançou o álbum Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa… que lhe rendeu uma indicação ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Urbana. Em fevereiro de 2010 ele fez uma participação especial no Altas Horas, programa de auditório da Rede Globo, onde apresentou as canções “E.M.I.C.I.D.A.” e “Triunfo”. Sua presença no programa marcou uma nova era do rap nacional, que antes era conhecida pela mente fechada, com pouca aparição na mídia e críticas para a respectiva emissora. Foi o primeiro rapper Brasileiro a se apresentar em um dos maiores festivais de música dos Estados Unidos. Ao aterrisar nos EUA, teve problemas com a imigração, o que resultou em 3 horas de atraso em seu show. Paulistano, ele carrega em suas composições histórias e realidades vivenciadas por ele, como o preconceito e o racismo.

“O Brasil aplaude a miscigenação quando clareia. Quando escurece, ele condena. O táxi não para pra você, mas a viatura para. Esse é o problema urgente do Brasil”

Trevor Noah

Foto- Ben Gabbe-Getty Images for Time

Nascido em Joanesburgo em 20 de fevereiro de 1984, o comediante, locutor e ator sul-africano Trevor Noah atualmente é o apresentador do programa The Daily Show. Trevor tem dois meios-irmãos mais novos, filhos do segundo marido da sua mãe, Ngisaveni Shingange, de quem acabou por se divorciar. Em 2009, quando ficou noiva de outro homem, Ngisaveni alvejou-a na face e na coluna; ele não conseguiu disparar mais porque a sua arma encravou. Mais tarde, Ngisaveni ameaçou matar Trevor. Em 2011, Ngisaveni foi condenado por tentativa de homicídio. Com a repercussão do caso, Trevor reforçou a importância de combater a violência doméstica na África do Sul. Ganhou diversos prêmios como o MTV Africa Music Award for Personality of the Year. As suas experiências e observações sobre raça e etnia, são os principais temas dos seus espetáculos de stand-up comedy. O seu primeiro programa como apresentador foi para o ar no dia 28 de setembro de 2015.

“O racismo é um problema, como o alcoolismo, que é preciso curar. É hereditário, você ensina aos seus filhos. Cresce de geração em geração. Se o tratássemos como uma doença, não rejeitaríamos os demais”.

 

Por 

Jessica Albuquerque (estagiária) 

Marco Aurélio Jacob (edição e colaboração)