Equipe Gazeta do Cerrado

Dunas Jalapão – Foto: Junior Vereda

Concessão do Jalapão e Cantão? Irão privatizar o maior atrativo turístico do Tocantins? Como vai funcionar isso? Diante de todas essas dúvidas, a Gazeta foi até a Secretaria de Parcerias e Investimentos para entender como irá funcionar esse processo de concessão que o Governo do Tocantins começa a preparar.

Para sanar as dúvidas conversamos com Robson Ferreira, o secretário Executivo de Parcerias e Investimentos.

Confira um pouco do bate-papo e assista a entrevista completa ao final da matéria:

Gazeta: O Governo quer privatizar o Jalapão?

Robson: Na verdade, o que o Governo pretende é transformar o Jalapão, fazer com que ele possa ser aproveitado em todo o seu potencial. Temos um parque belíssimo com potencial para atrair turistas do mundo inteiro, e que ele ainda não é plenamente aproveitados porque deve ser feito uma série de investimentos. Não só do ponto de vista dos atrativos da região, mas principalmente, na atração dos turistas. Então, a real intenção do Governo é cuidar do Jalapão, preservar, e investir nas melhorias necessárias para que o Parque possa se transformar em um dos maiores destinos turísticos do Brasil e do mundo.

Gazeta: Qual será a participação da comunidade local, dos trades turísticos? E quais as etapas para chegar nesta concessão?

Robson: Em primeiro lugar, o Jalapão não está sendo vendido, nem dado para ninguém. O que vai acontecer é um contrato de concessão. Todos os investimentos privados que serão feitos na região pertencerão ao povo do Tocantins. Teremos um processo agora que se iniciou com o BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de estudos para que se possa pensar num melhor modelo para a iniciativa privada. Temos que garantir a preservação da região, planos de combate à queimadas, nós temos que garantir todo o apoio às comunidades locais, todo o apoio ao trade turístico que já atua na região. Nós temos toda uma série de propriedades privadas que possuem pontos turísticos, e elas só vão ser impactadas positivamente.

Maju Cotrim entrevista o secretário Executivo de Parcerias e Investimentos,  Robson Ferreira, – Foto: Marco Jacob/GZT

Gazeta: Previsão para a conclusão do estudo é até o final do ano? Quando será realizada essa licitação? Ainda este ano?

Robson: Este ano ainda. A gente termina essa parte de estudos no final do primeiro semestre, inicia no segundo semestre toda essa etapa de audiências e consultas públicas, finaliza o projeto e segue para o processo de licitação e aí a gente acredita que até o final desse ano nós temos o leilão acontecendo lá na B3 em São Paulo.

Gazeta: Há algum valor, previsão, algo nesse sentido?

Robson: Na verdade não, os estudos foram encomendados para isso. O Jalapão em 2019, teve cerca de 40 mil visitantes. Há um número do ano passado que ainda não está fechado, mas parece que houve um aumento mesmo com pandemia. Mas ainda assim ficamos muito aquém de outros atrativos turísticos que existem pelo Brasil, então precisamos aumentar e muito esse número de vistantes, mas também temos que entender a proteção do ecossistema. Pensamos talvez na construção de um resort na região, e que não seja voltado apenas ao turista de classe alta, mas também que tenha day-use, para que as pessoas que vão para a região possam usar a estrutura desse local durante o dia. Então, existe uma série de atrativos, de possibilidades que os estudos vão definir qual faz mais sentido para a realidade do Jalapão.

Assista abaixo a entrevista completa com o secretário Executivo de Parcerias e Investimentos Robson Ferreira: