Sede do Sintet em Palmas – Foto: Divulgação/Sintet

Em resposta ao decreto do governador Mauro Carlesse (DEM) que autoriza o retorno gradual das aulas presenciais a partir de 08 de fevereiro, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), em nota, afirmou que a categoria não foi ouvida e que a decisão é uma sentença de morte neste momento crucial da pandemia.

“Enxergamos que não há possibilidade da volta às aulas presenciais sem a vacinação de TODOS os profissionais da Educação”, diz o sindicato no documento.

Na nota, a categoria destaca que tomará todas as medidas possíveis, inclusive fortalecendo as jurídicas já em trâmite, contra esse negacionismo.

Segundo o Sintet, o sindicato não descarta uma possível greve geral e alerta a categoria e sociedade para esse momento de luta pela vida.

Leia a nota do Sintet na íntegra:

CARLESSE E A OFENSIVA GENOCIDA CONTRA A VIDA.
Tocantins pode sofrer o drama do Amazonas.

Na noite desta sexta-feira, 29, novamente sem ouvir a categoria dos profissionais da educação da rede estadual, o governador Carlesse publicou o Diário Oficial o Decreto nº 6.211/2021, que autoriza a retomada das atividades educacionais presenciais das escolas públicas e particulares no estado.

Embora o decreto faculte esse retorno consoante a realidade local, também de forma não presencial, a decisão é uma sentença de morte neste momento crucial por qual passamos na pandemia.

O atual Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, divulgado nesta mesma sexta-feira, 29, trouxe mais de 558 novos casos confirmados da COVID-19 no Tocantins, que já soma 101.666 registros da doença, com 1.371 tocantinenses mortos.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) já tinha deliberado por meio do Conselho Estadual de Representantes, (CER) órgão colegiado de decisão do sindicato, que o retorno às aulas presenciais somente poderia acontecer de forma segura, com vacinação dos profissionais e outras medidas de segurança sanitária.

Um exemplo claro dessa irresponsabilidade é o Amazonas, que foi o primeiro estado a autorizar o retorno presencial. O que se viu logo depois foi uma tragédia sem precedentes, que pode se repetir aqui no estado, frente a situação caótica da saúde pública que temos, com os casos só aumentando e os hospitais já operando com sua capacidade máxima.

Enxergamos que não há possibilidade da volta às aulas presenciais sem a vacinação de TODOS os profissionais da Educação.

Assim, pelo direito à vida e pela prioridade dos professores e demais profissionais da Educação na vacinação, reforçaremos a luta!

Tomaremos todas as medidas possíveis, inclusive fortalecendo as jurídicas já em trâmite, contra esse negacionismo genocida do Carlesse, da Secretária Adriana e de deputados que encabeçaram uma campanha de volta às aulas baseada em achismos, negacionismo e total irresponsabilidade política.

Reiteramos que os trabalhadores nos enviem fotos, vídeos sobre as condições precarizadas de suas escolas, incluindo banheiros, salas pequenas e mal ventiladas, e outras deficiências, para [email protected]. Enviar também atestados de contaminação pelo novo coronavírus, relatos de contaminação entre colegas etc.

O Sintet não descarta uma possível greve geral e alerta a categoria e sociedade para esse momento de luta pela vida.

A Direção