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Para tratar da interdição da Policlínica do Aureny I, em Palmas, na última sexta-feira, 30, o secretário de Saúde de Palmas, Nésio Fernandes, e integrantes da sua equipe se reuniram nesta segunda-feira, 03, com os presidentes das Associações de Moradores, dos Conselhos de Saúde Local, Conselho Municipal de Saúde e moradores da região Sul. A reunião aconteceu na sede da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). Na oportunidade, Nésio falou das causas e como a gestão pretende organizar os serviços de saúde oferecidos pela unidade.

Ainda durante o encontro o superintendente da Defesa Civil Municipal, Iranilton Sales, explicou situações importantes relatadas no laudo técnico realizado pelo órgão. “Em grande parte das paredes há rachaduras, infiltração na parte estrutural e na cobertura, recalque de solo, com risco de queda de paredes, além do prédio não possuir itens de segurança indispensáveis, como hidrante”, alertou.

De acordo com o engenheiro da Semus, Itano Arruda Nunes Neto, a vistoria inicial realizada pela equipe de engenharia da secretaria já indicava os mesmos problemas, mas para avaliar melhor o risco que o prédio oferecia, o órgão solicitou uma inspeção com o laudo da Defesa Civil municipal. “Listamos vários pontos e formalizamos para o secretário. Para uma reforma no prédio a gestão teria um gasto enorme, porque praticamente toda a estrutura está comprometida”, destacou

O secretário de saúde disse que foi informado pela equipe de engenheiros da Saúde que as instalações do prédio oferecia riscos aos servidores, usuários e aos móveis e equipamentos que se encontravam no estabelecimento. “No primeiro dia útil depois da interdição da Policlínica e também depois estudar toda a situação, inclusive de recursos financeiros, estou aqui conversando com os moradores para juntos construirmos um projeto que atenda toda a população daquela região”, observou o gestor informando que para uma reforma no prédio a Prefeitura não gastaria menos de R$ 1.800 milhões.

O secretário aproveitou a ocasião para falar como vai funcionar os atendimentos que eram feitos na Policlínica.  Segundo ele, os usuários não serão prejudicados. Temporariamente, os serviços estão sendo transferidos para o Centro de Atenção à Saúde de Taquaralto e para a Policlínica de Taquaralto, ambos na região Sul. Já o laboratório de exames será ofertado no Centro de Saúde da Comunidade Eugênio Pinheiro, situado no Aureny I. “Vamos assegurar a continuidade dos serviços e decidir juntamente com a comunidade local sobre as futuras instalações a serem construídas naquele espaço”, pontuou.

Morador do Jardim Aureny I desde 1990, Raimundo Pascoal, lembra de quando o prédio da Policlínica foi construído. “Em 1993 quando foi construído o prédio, eu trabalhei na obra. Naquela época não tinha tantas normas de construção como tem hoje. O tempo passou, o prédio ficou velho e por muito tempo ficou sem manutenção. Hoje o melhor é começar tudo de novo. Construir um lugar melhor e mais seguro”, conta.

Depois de ouvir o secretário, que apresentou como uma das propostas a construção de um parque onde seria oferecidos serviços de saúde, atividades para idosos, jovens e crianças, a presidente do Conselho Local de Saúde Estênia Moreira disse que vai se reunir com a comunidade para apresentar à gestão uma proposta  de uso das antigas instalações da Policlínica. “A região sul precisa de um centro de especialidades. Vamos lutar por isso”, falou a presidente.

Sobre os futuros projetos para o local, Nésio informou que durante os meses de julho e agosto serão realizadas reuniões técnicas com a comunidade e o Conselho Municipal de Saúde para definir que melhor atenderá os moradores.