Depilação a Laser – crédito Eduardo Lago
Segundo a médica dermatologista Raquel Amashta, os números registrados a nível nacional, também se confirmam no Tocantins. De acordo com ela, o mercado de estética vem crescendo justamente porque as pessoas estão fugindo, cada vez mais, dos procedimentos invasivos. A especialista acredita que vem aumentando o interesse de tratar o processo de envelhecimento em todas as dimensões, desde o osso, ao músculo, os compartimento de gordura, as fibras elásticas e o rejuvenescimento da derme e epiderme, com tratamentos onde é possível cuidar de todas as camadas em conjunto, com a ideia de que o envelhecimento seja saudável, e assim, o paciente possa, a longo prazo, fugir de uma cirurgia.
Proprietária do Instituto Raquel Amashta, um espaço multidisciplinar nas áreas de dermatologia, saúde, emagrecimento e bem-estar e que funciona em Palmas (TO) há 8 anos, a médica conta que hoje tem um perfil heterogêneo de pacientes, já que cuidar da beleza deixou de ser um tabu. O que faz com que a procura seja grande tanto do público feminino como masculino.
“Hoje o homem de 60 anos é muito jovem, ativo e quer estar bem. Ele procura tanto para tratar cabelo, quanto rejuvenescimento e tratamentos corporais. Todo mundo está querendo envelhecer com menos células de gordura. Então a busca por tratamentos corporais tem crescido bastante para homens e mulheres. Em relação às mulheres, tanto as mais jovens, com alguma queixa de algo que incomoda, quanto mais velhas buscam o rejuvenescimento. É bem eclético”, diz.
E um dos motivos para o aquecimento dos negócios envolvendo a beleza é a tecnologia de produtos e procedimentos disponíveis. Enquanto, no passado, ter um rosto perfeito exigia um DNA privilegiado, hoje é possível valorizar pontos do rosto com procedimentos não invasivos que prometem deixar cada cantinho em perfeito equilíbrio. A harmonização facial, que faz uso da toxina botulínica e do ácido hialurônico para corrigir pontos da face, já mostra bons resultados. Porém, mesmo em alta, a médica acredita que é preciso parcimônia, e que, ao realizar estes procedimentos, o profissional deve respeitar as individualidades de cada rosto, trabalhando com o embelezamento natural.
“As faces hiper preenchidas, costumo dizer para os meus pacientes que são avatares. Não são padrões que a gente procura, são padrões que fugimos. É um resultado que não quero. Sempre digo para o paciente procurar um profissional que ele se identifique e com bom conhecimento de anatomia, que entenda o processo de envelhecimento e consiga embelezar o rosto do paciente sem deixar ele com esses estigmas que vemos. Tenho alguns colegas que trabalham com embelezamento mais over, mais exagerado, que é lindo, quando feito de maneira séria, por um profissional que não coloca a saúde da pessoa em risco, harmonização facial não é brincadeira, mas quando é feito de maneira séria é só uma padrão de beleza”.
Grande aliada quando se fala de tratamentos corporais, a tecnologia também ajuda no processo de embelezamento. “As tecnologias recentes fazem parte de um mercado bem dinâmico. Temos na clínica o CMSlim, a máquina de fazer músculos e o UniBody, uma radiofrequência de Israel, uma empresa que é bem famosa na área de tecnologia. Ele é o equipamento mais potente do mercado, que mistura radiofrequência com drenagem. Para tratamento facial temos o Fotona que é revolucionário para manchas e acabamos de trazer o Zye, para rejuvenescimento 4D, que quando aliado ao Ultraformer 3 consegue fazer um rejuvenescimento 5D tratando todas as camadas”, explica.
Na clínica, segundo Raquel, a busca é grande também por tratamentos ligados ao emagrecimento e ao cabelo. “A parte de cabelo é também algo que as pessoas procuram demais, porque nós tratamos doenças do couro cabeludo. Temos três dermatologistas na clínica que fazem essa avaliação e ainda fazemos o tratamento da haste, do fio com o nosso Spa Capilar super moderno e tecnológico”, diz.
Mas, fica o alerta. Procurando ou não procedimentos estéticos, a médica reforça a importância do paciente buscar profissionais de qualidade na hora de decidir mudar alguma coisa no rosto ou no corpo, já que o risco é alto. “Não julgo quem pode e não pode fazer procedimento injetável. Mas independente de quem estiver aplicando a harmonização facial, principalmente os preenchedores, precisa saber que eles envolvem risco para a saúde do paciente. O rosto é vascularizado e o risco de você embolizar o vaso é alto. Se isso acontecer você tem um tempo para reverter. Tem risco de necrose, cegueira. É importantíssimo que o paciente procure um profissional que seja habilitado para tratar essas complicações e uma clínica que tenha estrutura para reverter estas situações. Fora o risco de alergia, outras complicações que podem acontecer quando a gente faz o procedimento invasivo. É importante que o paciente fique atento quem é o profissional que está mexendo com uma coisa tão séria”, finaliza.