Ontem, dia 19 de março é comemorado o dia do cuscuz. Apesar de tão conhecido e consumido no Brasil, principalmente na região nordeste do País, o cuscuz veio da África, feito de sêmola de cereais como trigo, arroz, milho ou da mandioca.

É chamado de cuscuz qualquer massa feita de farinha, água e cozida no vapor, podendo ser servida com molhos, manteiga, leite, em sopas ou mesmo puro.

 

Na vida real, a esperança do nordestino veste amarelo e está presente quase todos os dias na mesa. Em tempos de pandemia, é certeiro para matar a fome e consolar a alma. Agrada ricos e pobres. O pacote que alimenta custa, em média, R$ 1,40. Com preços do arroz, feijão e demais itens básicos inflacionados, ganhou ainda mais protagonismo. É a sustança nas mesas e armários cada vez mais vazios.

 

A história data sua presença ainda no Império Romano (300 a.c. a 200 a.c.). Originário da África, resiste por séculos. Trazido por escravos, se espalhou pelo mundo. Rico em carboidratos, garante a energia necessária no enfrentamento aos dissabores. Tem gosto, aspecto e é personificação da resistência.

 

Consumido em todo o Brasil, é a certeza de uma cultura. Ser do Nordeste é, de forma genérica, gostar de forró, dos festejos de São João e cuscuz. O milho, elemento base do cuscuz, é tradicionalmente plantado no dia de São José – data celebrada nesta sexta-feira, 19 de março. O gesto carrega anseios do sertanejo pela água que vem dos céus. Se comparado a uma joia, vale mais que ouro.

 

Veja algumas curiosidades:

1 – Uma delícia vinda diretamente da África!

Chegou no Brasil pelas mãos dos portugueses e se difundiu rapidamente entre as pessoas, que passaram a consumir o prato, devido ao seu sabor, valor nutricional, facilidade no preparo e baixo custo.
Com o tempo cada região passou a consumir de forma diferente, sendo possível encontrar cuscuz cozido apenas com sal, ou com leite, com purê de abóbora, adoçado e com leite de coco, cuscuz feito de flocos de arroz e goma de tapioca.

2 – O Oriente Médio também tem sua versão

Feito de sêmola de trigo, o cuscuz marroquino é um prato leve e bastante nutritivo, servido geralmente com molhos que podem ser picantes, caldos, sopas, carne, frango ou carneiro guisados, legumes, ou em forma de salada. Há também uma versão para os dias de festa, quando é servido doce, com mel, amêndoas e especiarias.

3 – Um prato gostoso e nutritivo

Em 100 gramas de cuscuz cozido com sal é possível encontrar 112 calorias, além de quantidades importantes de carboidratos de médio índice glicêmico, fibra, proteínas, cálcio e magnésio. Pode ser um importante aliado à uma dieta saudável e equilibrado, sendo tanto um bom café da manhã, acompanhado de manteiga, queijo ou leite, quanto nas outras refeições, substituindo arroz branco e macarrão.

4 – Escolha o seu tipo de cuscuz para um dia festivo

Se a ocasião é especial e pede um prato mais incrementado, ainda é possível comer algo muito gostoso de forma saudável. Aí entra em cena o brasileiríssimo cuscuz paulista, que pode ser incrementado com peixe e frutos do mar, ou a versão marroquina do cuscuz, cheio de temperos, picância e especiarias.

Seja aquele simples, no café da manhã ou o super temperado para os dias de festa, um cuscuz bem feito e gostoso é sempre uma boa pedida!