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A classe trabalhadora sangra, mas outras batalhas estão por vir. A resistência coletiva é fundamental

Ilustração tenta traduzir o momento que o país vive de ataque aos direitos e à vida da classe trabalhadora (arte: Rafael Werkema)

A data de 11 de julho de 2017 entrará para a história do Brasil como o dia em que as classes dominantes impuseram uma das maiores derrotas já sofrida pela classe trabalhadora no país: o Congresso Nacional aprovou a contrarreforma trabalhista, regredindo de forma violenta no ordenamento jurídico nacional em torno da relação capital x trabalho.

Assim, o CFESS, impulsionado pelo mote “Na Luta de Classes não há Empate”, da campanha do Dia do/a Assistente Social deste ano, lança mais um manifesto especial, para dizer que muitas batalhas ainda estão por vir, como a luta para barrar a contrarreforma da previdência, e que, apesar da derrota da última terça, somente a luta coletiva será capaz de enfrentar os ataques, cada vez mais cruéis, aos direitos da categoria de assistentes sociais e de toda classe trabalhadora.

O CFESS manifesta faz também um alerta sobre a contrarreforma trabalhista, a ser sancionada em breve pelo presidente ilegítimo Michel Temer, afirmando que a tendência agora é “minimizar os custos das empresas com o trabalho, pois reduz o já reduzido espectro de regulação sobre o essencial da produção capitalista: o tempo de trabalho. A contrarreforma prevê possibilidades de “livres” acordos, para ampliar a jornada diária no limite das 44 horas semanais, para “livre” negociação individual de banco de horas, de “livre” redução do tempo de descanso, entre outras “liberdades” que só ampliam a lucratividade dos/as empregadores/as, atendendo, no Brasil, aos interesses de várias frações da burguesia nacional e internacional”.