Dr. Alberto Aguiar Neto é gestor de relações institucionais no ISAC – Foto: Arquivo Pessoal
A pandemia do novo coronavírus completou um ano neste mês. De lá para cá, a nossa realidade vem sendo transformada diariamente. O vírus sofreu mutações. Os casos se agravaram e cada vez mais evoluem para fatalidades bruscas.
Há um colapso generalizado pela criticidade dos abastecimentos, recordes diários de mortes, filas de esperas por leitos e a agonizante perda de ar provocada, literalmente, pela falta de fornecimento de oxigênio no país.
Por trás dessa batalha, estão majoritariamente mulheres. Elas seguem na linha de frente contra a covid-19, abrindo mão da família, da vaidade e do cansaço que é notório. No ISAC – Instituto Saúde e Cidadania, a mão de obra feminina representa 75% dos cerca de 3 mil colaboradores. Assim, podemos considerar esta luta como uma guerra de mulheres.
Antes excluídas do front. Agora, combatentes.
A guerra sempre foi condicionada a homens em sua essência. Na escassez destes, crianças eram “convocadas” a fim de suprir as necessidades das linhas de frente para os mais terríveis combates, realidade ainda muito observada nos dias atuais em algumas fronteiras do Oriente Médio.
Entende-se por guerra qualquer conflito armado entre dois ou mais países ou entidade independentes. A lista é enorme, pois se estende desde a antiguidade (século MMXX a. C. – conquista da Suméria), passando pela idade média e renascimento; século XVI a século XIX; século XX e século XXI.
Nesta lista, iremos enumerar a guerra que o mundo inteiro trava na atualidade: a guerra contra a covid-19. O inimigo é um vírus letal. A nossa arma é a assistência à saúde, a vacina e as recomendações sanitárias.
Até então, a História não fazia referência às mulheres na linha de frente dessas batalhas, como combatentes ativas majoritariamente. O coronavírus mudou isso.
Quanto mais próximo da ponta, mais respostas assertivas
Durante a pandemia, a área de Relações Institucionais e Governamentais da Kairós Care tem atuado de forma estratégica em prol dessas mulheres. O objetivo é garantir a elas melhores condições de serviços e fornecimento de insumos para sua defesa.
O departamento é, sem dúvida, o melhor porta-voz para essas colaboradoras porque estamos em contato direto com todas as esferas da “guerra”, passando por todos os setores, desde a Assistência, Suprimentos, Departamento Pessoal até os tomadores de decisão. E, assim, podemos direcionar onde e quando determinada iniciativa terá respostas mais eficazes.
A Kairós Care reconhece o esforço dessas profissionais e busca, a partir de sua expertise, melhorar o relacionamento governamental e institucional com as empresas e os governos. As bases para este trabalho são os valores da própria instituição: credibilidade, responsabilidade, comprometimento e sustentabilidade.
Gestão qualificada, assistência humanizada
O ISAC está presente em várias regiões do país. Na batalha contra a covid-19, nossa maior representatividade é no Tocantins. Gerenciamos 65% dos 151 leitos de UTI Covid-19 regulados pelo Estado do Tocantins e outros 15 leitos custeados pela Prefeitura Municipal de Araguaína.
Temos muito orgulho dos nossos indicadores nas unidades do Tocantins. Eles confirmam a qualidade dos nossos serviços e que devemos continuar investindo nas nossas profissionais linha de frente.
A letalidade do vírus no Tocantins é de 1,36%, a terceira menor do país. Isso reflete a qualidade da assistência geral prestada aos pacientes, levando em conta o tratamento em todas as fases e para todos os perfis de gravidade.
Se considerarmos somente o município de Araguaína, onde operacionalizamos 43 UTIs Covid-19 de três unidades públicas, a taxa de letalidade do novo coronavírus é ainda menor (1,26%). Ela representa a proporção entre os casos confirmados da doença e o número de óbitos.
O que o PIB diz sobre o enfrentamento à covid-19?
Devido às diferenças regionais, o cenário da covid-19 aponta que seria mais assertivo comparar a resposta dos estados frente ao vírus agrupando-os pelo PIB – Produto Interno Bruto.
A forma com que os números são relacionados hoje, nacionalmente, acaba diminuindo o impacto dos esforços conjuntos para deter o vírus em estados pobres e com recursos limitados como o Tocantins.
Unidades da Federação |
PIB em 2018 (1.000.000 R$) |
Acre |
15.331 |
Alagoas |
54.413 |
Amapá |
16.795 |
Amazonas |
100.109 |
Bahia |
286.240 |
Ceará |
155.904 |
Distrito Federal |
254.817 |
Espírito Santo |
137.020 |
Goiás |
195.682 |
Maranhão |
98.179 |
Mato Grosso |
137.443 |
Mato Grosso do Sul |
106.969 |
Minas Gerais |
614.876 |
Paraná |
440.029 |
Paraíba |
64.374 |
Pará |
161.350 |
Pernambuco |
186.352 |
Piauí |
50.378 |
Rio de Janeiro |
758.859 |
Rio Grande do Norte |
66.970 |
Rio Grande do Sul |
457.294 |
Rondônia |
44.914 |
Roraima |
13.370 |
Santa Catarina |
298.227 |
Sergipe |
42.018 |
São Paulo |
2.210.562 |
Tocantins |
35.666 |
Fonte: IBGE.
Os custos do tratamento
Outro reflexo do nosso trabalho integral frente à covid-19 está ligado diretamente ao custo do atendimento ao paciente, como já citado anteriormente em um artigo sobre os gastos responsáveis com a covid.
Em 2021, seguimos com os melhores resultados comparados à realidade nacional. Conforme mostra nossa prestação de contas, os leitos gerenciados pelo ISAC têm custos semelhantes aos dos melhores hospitais públicos do país, ficando na faixa de R$ 2.450, o que demonstra a nossa seriedade quanto ao zelo e a utilização do recurso público.
Alberto Aguiar
Gestor de relações institucionais
Dr. Alberto Aguiar Neto é gestor de relações institucionais no ISAC e CEO da Kairos Care. É ortopedista, especialista pela Unicamp. Empreendedor, vem se especializando na gestão de hospitais e clínicas tanto públicos quanto privados, tendo expertise na Gestão de Upas.