O Projeto Mãe Romana de Natividade – 80 anos e + teve seus primeiros passos executados conforme o previsto no documento aprovado no edital 03/2020 da Lei Aldir Blanc, publicado pelo Governo do Tocantins, através da ADETUC. A equipe técnica do Projeto já está trabalhando há 90 dias. Além da contratação de serviços de terceiros foram adquiridos equipamentos que vão contribuir para que o projeto seja bem executado.

As atividades começaram com a comemoração do aniversário de 80 anos da Mãe Romana, registros em vídeos e fotografias do dia a dia da líder espiritual e de momentos especiais como a Semana Santa e a Festa do Divino Espírito Santo, celebrada 15 dias depois do Domingo de Páscoa. O formato das festas foi adaptado aos protocolos de controle da pandemia de COVID 19.

O Projeto prevê o registro histórico e a produção de um acervo para divulgar as atividades do Centro Bom Jesus de Nazaré, que tem como líder Romana Pereira Dias, muito conhecida na região por Dona Romana, Tia Romana ou Mãe Romana. Foi contemplado pela Lei Aldir Blanc, Edital 03/2020 – Patrimônio Material e Imaterial, do Governo do Tocantins, com apoio do Governo Federal – Ministério do Turismo – Secretaria Especial da Cultura –  Fundo Nacional de Cultura. A Direção Geral do Projeto é feita pela própria Romana com Assessoria Técnica e Cultural da nativitana Simone Camelo Araujo (Simone de Natividade) e conta também com o apoio da ASCCUNA – Associação Comunitária Cultural de Natividade. O neto de Mãe Romana, Igor Pereira é o responsável pela equipe de campo, formada por jovens da localidade.

CENTRO BOM JESUS DE NAZARÉ atrai visitantes vindos de várias partes do mundo para turismo religioso e místico. Localiza-se na zona rural, a 3 km do centro histórico de Natividade. Num amplo terreno de cerca de 5 mil metros quadrados foram construídas inúmeras esculturas, estruturas de apoio aos moradores e frequentadores. Existe espaço para alojamento e galpão que guarda água, sementes, roupas e calçados, além de um arquivo com inúmeras mensagens em desenhos e escritas muitas vezes desconhecidas de todos. Romana relata que tudo é feito com a orientação “deles”, forma que ela usa para referir-se ao que ela não nomeia , mas diz que podem ser anjos ou espíritos.

É um local de preparação para o equilíbrio do planeta Terra que, segundo Mãe Romana, há milhões de anos saiu do seu eixo e vai voltar a firmar-se, passando por uma transição.  O local que começou a ser construído em 1990, está sempre recebendo algum elemento a mais para compor o jardim de esculturas construídas em cimento, pedra canga e metais. Vários símbolos místicos e de várias religiões, culturas e civilizações primitivas estão presentes no local que é chamado Labirinto. “Enxergo as mensagens limpas e claras, mas a mão humana não é capaz de fazer toda a beleza espiritual que eu vejo. Eles mandam e eu faço com amor. De coração”, conta Romana.

O dia a dia da Líder espiritual e a Covid

A rotina de Mãe Romana e da grande família de parentes e amigos que ela construiu ao longo dos anos foi bastante impactada pela pandemia  de Covid-19. Com as visitas reduzidas, principalmente pelos decretos de controle da pandemia, os que vivem no espaço agora só contam com ajuda de poucos colaboradores que, mesmo de longe, enviam donativos para a líder espiritual.

Lei emergencial Aldir Blanc

Esta publicação atende aos requisitos do Projeto Mãe Romana – 80 anos e +, contemplado pela Lei Aldir Blanc do Tocantins – Patrimônio Material e Imaterial, Edital 03/2020, do Governo do Tocantins, com apoio do Governo Federal – Ministério do Turismo – Secretaria Especial da Cultura – Fundo Nacional da Cultura. A lei nº 14.017 de 29 de junho de 2020 foi elaborada pelo Congresso Nacional para atender ao setor cultural do Brasil, afetado com as medidas restritivas de isolamento social impostas pela pandemia de Covid-19.  A lei homenageia o músico Aldir Blanc, um dos primeiros artistas mortos em razão da pandemia, em maio de 2020.

Por Zenilda Drumond/Assessoria