Enfermeira Valéria Queiroz – Foto: Arquivo Pessoal

Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

Com a pandemia do novo coronavírus, os profissionais da saúde estão exaustos fisicamente e psicologicamente devido a grande sobrecarga de trabalho. Os enfermeiros também estão na linha de frente e lutam há anos pela regulamentação do piso salarial da categoria. No Tocantins, os profissionais da área já estão se mobilizando.

Recentemente, o senador do Espírito Santo, Fabiano Contarato (Rede) apresentou um projeto de lei (PL 2.564/2020) que regula o piso salarial dos enfermeiros em todo o território nacional. O texto estabelece em sete salários mínimos o piso salarial da categoria. Técnicos em enfermagem devem receber no mínimo 70% e os auxiliares e parteiras 50% dos valores dos enfermeiros para uma jornada de 30 horas semanais. A Gazeta conversou um pouco com a enfermeira, Valéria Queiroz, que é defensora ferrenha da categoria.

Segundo Valéria, que trabalha no Hospital e Maternidade Dona Regina, a categoria tentar garantir apoio de senadores, deputados e vereadores. “Já temos apoio da senadora Kátia Abreu (PP), e tentamos também do Irajá (PSD) e do Eduardo Gomes (MDB). É uma luta que leva mais de 20 anos, é muito séria”, disse.

“Nós somos um pouco de tudo. Cuidamos das pessoas desde o nascimento até a morte. Teno colegas com problemas de saúde, de carregar peso, de fazer o que não é da competência para salvar vidas, nós estamos na pandemia com colegas morrendo com falta de UTIs no Brasil”, contou Valéria à Gazeta.

Conforme o PL, o salário do enfermeiro deve iniciar em de R$ 7.315. Para os técnicos em R$ 5.120,50, auxiliares em R$ 3.657,30 todos em uma jornada de 30 horas. Acima desta carga horária, terá correspondência proporcional. O PL pode ser conferido na íntegra aqui.

Mobilização

No dia 13 de maio, a classe fará uma mobilização nacional simultânea. Em Palmas, o ato acontecerá na Praça dos Girassóis, a partir das 9 horas.