Foto – Gazeta do Cerrado

Maju Cotrim

Presidente da Federação Tocantinense de Futebol desde a criação da entidade em 1990, pioneiro no Tocantins, ex-secretário, ex- deputado e ex-senador, Leomar Quintanilha concedeu uma entrevista exclusiva á Gazeta falando dos desafios do futebol no Estado em meio á pandemia e comentando também outros assuntos.

Delegação

Quintanilha revelou á Gazeta um convite que pode dar muita visibilidade para o Tocantins.
“Fui convidado para chefiar a delegação brasileira de futebol que vai disputar as Olimpíadas em Tóquio”, comentou.

Ele comentou ainda sobre os impactos para o esporte com a pandemia. “A pandemia atropelou todo mundo, os clubes foram extremamente prejudicados.A suspensão dos jogos desestabilizou economicamente os clubes”, disse.

O Tocantins tem oito clubes na primeira divisão e mais oito na segunda.

Reação da Federação

A Gazeta perguntou como a Federação agiu neste momento para apoiar os clubes. “A federação estava auxiliando as despesas de alguns clubes, uma delas as despesas com arbitragem, estávamos renunciando receitas como registro de jogadores”, disse.

Novas gerações e futebol feminino

“O Brasil é um manancial de craques, craques não escolhem lugar para nascer e podem nascer aqui no Tocantins como ja nasceram varios. Temos que continuar investindo nas categorias de base”, disse sobre a necessidade de apoio para crianças e adolescentes.

“O Futebol feminino tem tomado uma nova dinâmica no Tocantins e no Brasil para o surgimento de clubes no Estado”, disse sobre a busca da ascensão das mulheres no esportes

Centro de formação

O Tocantins está na expectativa para receber um Legado da Fifa que é a obra do centro de formação na capital.

“A FIFA entendeu que na última copa os estados que não tiveram a oportunidade de receber os jogos deveriam receber um mimo que é o centro, ja temos um terreno e o projeto já está pronto”, alega. O terreno fica na região norte de Palmas ao lado de uma área de condomínios.

“É um centro de prática de futebol Comum, queremos através da força do futebol ensinar os fundamentos do futebol como hierarquia, disciplina”, disse.

O investimento total de FIFA será de cerca de 52 milhões de dólares em cerca de 15 estados, diz Quintanilha.

No comando desde 1990

A Gazeta perguntou a Quintanilha o porquê de estar a tanto tempo á frente da Federação, sendo o único presidente até hoje.
“Tenho um sentimento muito grande por ter ajudado a organizar a Federação,
Muitas vezes coloquei recursos Meus para arcar a federação no início”, disse.

“Não vou abandonar a Federação tocantinense de futebol, havendo pessoas interessadas e que reúnam condições estou aberto”, disse.

Fora da Política

Desde o encerramento de seu mandato de senador em 2010 ele está fora da política embora ainda seja filiado ao MDB.

“Eu não deixei a política, ela é algo importante, bonita ou nobre . Apenas não quero mais ser candidato a nada”, disse.

A Gazeta perguntou como ele avalia o cenário atual político no Estado e o início das articulações para 2022. “Os nomes que estão aparecendo aí cada um tem seu percentual de contribuição prestado ao Estado eu destacaria dois nomes: Laurez Moreira e Ronaldo Dimas”, disse.

Reflexões

Quintanilha relembrou os mandatos que exerceu em Brasília tanto na Câmara como no Senado e pontuou: “ O Congresso é a maior universidade que frequentei. Conviver com essas pessoas é interessante, gratificante e instrutivo”, disse.

Analisando o atual cenário econômico e social do Tocantins Quintanilha avaliou: “O Tocantins ainda precisa ser muito lapidado. A força da economia não está sendo aproveitada em todo o seu potencial, muito foi feito mas tem muito mais ainda a fazer”, disse.

Criação

Ele relembrou ainda os tempos de criação do Tocantins. “A criação do Estado quando diversas regiões também queriam para nós foi uma glória e satisfação grande. Foi algo importante na minha vida”, disse.

Ele Foi o primeiro secretário de Educação do Tocantins: “encontramos uma situação deplorável”, disse.

Com 75 anos, o ex senador já se vacinou com as duas doses.