Gestante – Foto André Araújo 

A Secretaria de Estado da Saúde lança campanha nas redes sociais para alertar sobre o risco de contágio da Covid-19 em gestantes. A campanha “Proteja as gestantes – o óbito Materno é a maior tragédia que pode acontecer na vida de uma criança”, quer evitar que mulheres no período gestacional sejam contaminadas com o novo Coronavírus.

Várias pesquisas ainda estão sendo desenvolvidas para entender os impactos da infecção da Covid-19 em gestantes. Contudo, alguns dados divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam que as Gestantes fazem parte do grupo de risco, se considerado o aumento de abortos, alterações durante a gestação e aumento da pré-eclâmpsia – alteração do quadro de hipertensão gestacional – e mortes desde o início da pandemia. No Tocantins já foram registrados 10 casos de óbitos maternos com Covid-19 no ano de 2021.

A técnica da Rede Cegonha da SES, Michelle Paiva chama a atenção para as complicações geradas pela contaminação pelo coronavírus durante todo o período gestacional, “sabemos que as gestantes são mais vulneráveis a infecções em geral devido às alterações fisiológicas que sofrem durante o período gravídico; e, são severamente afetadas frente às infecções respiratórias cursando com pior prognóstico tanto com o surgimento de comorbidades quanto no momento do parto, em especial a evolução para partos prematuros. Por isso, é tão importante que elas tomem precauções para se protegerem contra a Covid-19, evite qualquer tipo de aglomerações, visitas, festas, chá de bebê, fraldas e outros. Além de seguir as recomendações médicas, realizar as consultas e exames de rotina do pré-natal e as demais precauções de toda a população, como uso de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos”, relata a Michelle.

A diretora do Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR), Débora Petry, chama atenção para o aumento de prematuridade. “É importante salientar que está ocorrendo com a pandemia e, provavelmente em decorrência dela, um aumento expressivo de casos de nascimentos de prematuros, certamente em razão de pré-natais mal feitos, em função da pandemia”, refletiu a diretora do HMDR.

“Além do aumento de recém-nascidos, filhos de mães com Covid-19 que necessitam de isolamento, em muitos casos, o parto precisa ser antecipado em muitas semanas para tentar salvar a vida das gestantes que estão graves, aliviando assim a parte respiratória. Com isso também tem aumentado, ainda mais, os prematuros e prematuros extremos, que demoram muito tempo, até meses, para saírem de uma UTIneo”, disse Petry.

Todas as gestantes, incluindo aquelas com confirmação ou suspeita de infecção pela Covid-19, têm o direito a cuidados de qualidade antes, durante e após o parto. Isso inclui cuidados de pré-natal, neonatal e pós-natal, inclusive saúde mental durante todas as fases. Pensado nisso a Secretaria de Estado da Saúde mantém uma página dedicada a elas, segue o link: https://saude.to.gov.br/atencao-primaria-a-saude/atencao-primaria–/gerencia-de-areas-estrategicas-para-os-cuidados-primarios-/area-tecnica-de-saude-da-mulher/area-tecnica-de-saude-da-mulher/atencao-a-gestante—coronavirus-covid-19-/

Dados

Com relação aos partos prematuros, em janeiro a março de 2020 ocorreram 717 partos, já em janeiro a março deste ano foram 633 segundo dados do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (Sinasc/MS).