Lucas Eurilio

Moradores de uma região em Palmeirante, no norte do Tocantins, estão vivendo um clima de tensão e medo no Lote 118-B da Fazenda Malú.

Segundo as informações, essas famílias já moraram na área, houve uma reintegração de posse, elas saíram e agora voltaram por não terem onde morar. Um acampamento foi montado no locall

Nesta segunda-feira, 17, um representante dos moradores procurou a Gazeta do Cerrado afirmando foram abordados por pistoleiros com armas de calibre forte e foram ameaçados de morte, no domingo, 16.

Ainda segundo as informações, as ameaças foram feitas para impedir que as famílias transitem na única estrada que dá acesso ao município. Eles afirmam que os  pistoleitos os intimidaram a mando do dono da Fazenda Malú, propriedade na qual passa a estrada.

 “É de conhecimento de todos que parte da Fazenda Malú está em disputa judicial, no entanto, o Lote 118-B, que estão as famílias em questão, não faz parte da referida disputa”,afirmou.

As famílias estão com medo não apenas das ameaças,mas também de passar alguma necessidade.

“No acampamento tem mulheres grávidas, idosos, crianças e pais de famílias que estão sendo ameaçados de morte. O risco dessas ameaças se concretizarem são iminentes. Essas famílias estão sendo impedidas pelos pistoleiros do de irem na cidade comprar alimentos e até medicamentos. Já está faltando o mínimo existencial para essas famílias”, realatou à Gazeta.

Em um vídeo encaminhado para a nossa equipe, outro  representante das famílias diz que  na chegada deles pro acampamento, os pistoleitos fizeram a abordagem.

“Na chegada pra cá,pra nós vim (sic) pra terra da União, nós fomos abordados por pistoleiros da fazenda, fomos ameaçados de morte. Os caras estão com a armas restritas à polícia que á 765,outras espingardas,caalibre  12,e aí nós fomos intimidados,mas mesmo assim conseguimos entrar na área da União. Não estamos em m uma área particular e isso é bomm  a gente falar, por que a área da União, é uma área que não é do fazendeiro, ée do governo e nós não estamos invadido a área de ninguém”, contou.  

Reprodução

A  Gazeta do Cerrado entrou em contato com a Polícia Militar e com a Polícia Civvil para saber se foi registrado  alguma ocorrência ou boletim de ocorrência sobre o incidente.

A  PM Informou que não foi acionada via 190 e não recebeu nenhuma denúncia sobre o fato informado.

Já a Polícia Civil do Tocantins, por meio da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC) – Colinas do Tocantins, informou que, sobre o referido caso, um Boletim de Ocorrência foi registrado e que a Polícia Civil está fazendo as investigações necessárias para apurar os fatos. Outras informações serão repassadas em momento oportuno.

Entramos em contato tambéem com o Ministério Público Federal (MPF) para saber se o órgão acompanha a situação de tensão no local.

O MPF respoondeu que no  ano passado foi instaurando o procedimento de acompanhamento: 1.36.001000110/2020-13. A última providência foi a designação de uma reunião, ainda este mês, com o Incra para tratar da destinação de lotes na Gleba Anajá , inclusive a fazenda Malú e realização de vistoria agronômica para fins de reforma agrária.