O plenário da Câmara dos Deputados começa a votar hoje (2) parecer da Comissão de Constituição e Justiça contrário à admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer pelo suposto crime de corrupção passiva. Os trabalhos devem se estender por todo o dia. Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Temer foi denunciado em junho ao Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva. O STF só poderá analisar a denúncia, porém, se a Câmara autorizar.

Brasília - Sessão plenária para analisar e votar o parecer do deputado Paulo Abi-Ackel que recomenda a rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer pelo crime de corrupção passiva (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Brasília – Sessão plenária para analisar e votar o parecer do deputado Paulo Abi-Ackel que recomenda a rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer pelo crime de corrupção passiva (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A votação só pode começar com a presença de 342 parlamentares. A votação será por chamada nominal, começando pelos deputados de um estado da Região Norte e, em seguida, os deputados de um estado da Região Sul. Os deputados terão 15 segundos para expor os argumentos e voto.

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Veja abaixo os principais comentários:

No momento, Mariana Carvalho (PSDB-RO) lê ata da nova sessão.

Deputados da oposição comemoram abertura na nova sessão. A partir de agora, será preciso que 342 deputados registrem presença para que votação ser iniciada. Deputados da oposição estão orientados a não registrar presença para que votação do parecer de denúncia contra Temer não seja realizada.

Primeira sessão do Congresso é encerrada por Rodrigo Maia. Nova sessão é aberta.

Líderes orientam bancada sobre requerimento de adiamento da votação.

Alice Portugal (PCdoB-BA) pede que questões de ordem sejam analisadas uma a uma. Maia nega e discussão recomeça.

Deputado Carlos Zarattini (PT-SP) faz requerimento para adiar votação para o período da noite.

  Na Agência Brasil

Partidos da oposição protocolaram hoje (2) no Supremo Tribunal Federal (STF) um mandado de Segurança pedindo para que o plenário da Câmara vote a denúncia contra o presidente Michel Temer e não o parecer aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A informação foi dada pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP) durante a sessão que analisa o parecer vencedor na CCJ que pede o arquivamento da acusação apresentada pela Procuradoria Geral da República.

Leia mais em http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017-08/oposicao-pede-stf-que-garanta-manifestacao-de-janot-no-plenario-da-camara

João Derly (REDE-RS) fala no plenário. Deputado critica Temer.

Deputados da oposição criticam que Rodrigo Maia votou cinco requerimentos para adiamento da votação simultaneamente. Discussão toma conta do plenário.

Silvio Costa (PTdoB-PE) critica deputados que defendem Temer. “Vocês são profissionais da má política”.

Maia responde deputado do PCdoB: “Se você quiser, eu coloco um microfone no centro do plenário e aí vocês votam sim, não ou obstrução”.

Deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA) faz questão de ordem para que votação seja feita em um microfone no centro de plenário, como aconteceu na votação do impeachment de Dilma Rouseff no ano passado.

384 deputados já registraram presença no plenário.

Welinton Prado (PMB-MG) fala no plenário. Ele é favorável à saída imediata de Temer. “Eu fui o primeiro a falar que não queria Temer no governo”, diz.

Deputados falam favorável e contrariamente ao início das votações. Deputado Glauber Braga, contrário ao início da votação, diz que espera que deputados votem em “horário nobre” para os “brasileiros verem quem defendeu Temer”.

Mais três deputados vão falar e líderes de partidos vão ter um minuto para orientar bancadas sobre votação contrária ou favorável ao início da votação.

Sessão deve entrar em fase de votação. Antes disso, deputados requerem questões de ordem. Oposicionistas pedem adiamento da sessão.

Sai o resultado da votação para encerramento das discussões.

Sim: 292

Não: 20

Abstenções: 2

Rodrigo Maia afirma que sessão será prorrogada por mais uma hora.

PSDB muda orientação para sim para encerramento das discussões.

De volta à Câmara, ministro do Esporte demonstra confiança na vitória de Temer

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), um dos dez a reassumir o mandato de deputado para participar da votação da denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, no plenário da Câmara, disse nesta quarta-feira (2) que o governo tem segurança de que se trata de uma denúncia inepta, que não deve prosperar. Ele acrescentou que o governo tem a convicção de que o Congresso vai fazer esta análise com um número muito expressivo de parlamentares que não vão permitir o avanço da denúncia.

Leia mais em http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017-08/de-volta-camara-ministro-do-esporte-demonstra-confianca-na-vitoria-de-temer

Quórum de 342 deputados foi alcançado.

Minoria diz que vota não, mas deve ser registrado o voto. PMB vota pela continuidade das discussões.

PSC vota pelo encerramento das discussões

PHS e Rede votam não.

Julio Delgado (PSB-MG) reitera que bancada do partido não vote.

PSOL entra em obstrução e diz que a oposição entrou com um mandado de segurança no STF pedindo que a denúncia da PGR deve ser lida em plenário e não o relatório da CCJ.

SD e PPS votam pelo fim da discussão.

PCdoB vota pela continuidade das discussões e contra o requerimento. Deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) diz que partido está em obstrução.

PMDB, DEM e PRB votam sim. PDT vota não e diz que vai entrar em obstrução. Lembrando que trata-se de orientação de bancada.