O ex-presidente do sindicato dos postos Eduardo Augusto Rodrigues Pereira, o Duda, e o empresário Benedito Neto Faria foram denunciados por supostamente estabelecer um cartel na venda de combustíveis em Palmas. Conforme investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o alinhamento de preços foi verificado entre 2009 e 2011 e continuou entre 2014 e 2015.
A denúncia foi aceita pela Justiça nesta quinta-feira (3). Segundo foi apurado, Eduardo Augusto, impôs “não só aos seus associados, mas também a todo e qualquer proprietário de posto de combustíveis, alinhamento dos preços em Palmas. Para tanto, contou com a indispensável colaboração do também denunciado Benedito Neto de Faria.”
O promotor responsável por coordenar a investigação, Marcelo Ulisses Sampaio, lembrou que o ex-presidente responde a outro processo criminal por supostamente encomendar a morte do empresário concorrente Wenceslau Leobas.
“Segundo consta, o falecido empresário, por diversas vezes, se recusou a alinhar preços de combustíveis, não se filiando ao Sindiposto, e que instalando um posto de combustíveis na rodovia TO-050, a vítima do homicídio praticaria preços bem inferiores ao do cartel”, diz em trecho da denúncia.
Duda está foragido desde abril, quando teve a prisão decretada. A defesa dele pediu à Justiça que ele tenha direito a uma cela especial no Quartel de Comando Geral da Polícia Militar, em Palmas. O pedido se baseia em uma ameaça de morte que o empresário alega ter recebido.
As defesas dos dois empresários foram procuradas e informaram que ainda não tomaram conhecimento da denúncia.