Esta semana só se falou em uma coisa: “cringe”. O termo vem do inglês, e é usado como gíria pra definir algo como cafona, fora de moda, ultrapassado. E, de repente, tudo virou “cringe”: falar “boleto”, usar emoji, ler Harry Potter, usar hashtag nas legendas das fotos. Até café da manhã é “cringe” para os jovens!
A lista é impiedosa. De um lado, os acusadores: a geração Z, nascida entre a segunda metade dos anos 90 e os anos 2010. Do outro, os alvos de todas essas críticas: a turma que chegou entre 1981 e 1996, os “millenials”.
Tudo começou com uma brincadeira. Uma influenciadora digital perguntou o que a geração Z considera “mico” na turma dos millenials e… Pronto! A discussão dominou as redes sociais.
“O que está posto nessa disputa é a apropriação do território mais disputado na nossa vida social contemporânea desde os anos 50: a juventude”, reflete antropólogo. E o que toda essa discussão nos ensina é que não tem nada mais “cringe”, mais ultrapassado, do que seguir padrão para agradar alguém, não é mesmo?
Fonte: Jornal da Band