De DNO – Maju Cotrim

Uma cidade com mais de 22 mil habitantes. A principal do Sudeste do Estado e há 330 km da sede da capital Palmas. A Terra das Dianas tem dentre seus desafios latentes a situação do hospital regional. Os gargalos se arrastam há anos.

A Gazeta está na cidade e ouviu nesta quarta-feira várias pessoas que trabalham ou conhecem a realidade do hospital há anos. A grande demanda do hospital é manter o profissional principalmente os médicos especialistas. A cidade já chegou por várias vezes a ficar sem ninguém na escala em razão dos plantões exaustivos.

Hemodiálise em Palmas

Quem faz hemodiálise em Palmas chega a sair três da manhã para fazer o procedimento mesmo a cidade sendo de referência. O hospital tem dentre a população o Apelido de “hospital de transferência”.

O procedimento é feito três vezes por semana e a rotina é exaustante para quem precisa se locomover.

Nascimentos

Na cidade nem partos eram feitos. Atualmente o médico José Viana tem feito partos quando está no plantão mas a correria para cesáreas é sempre feita para o local.

Estrutura

Segundo servidores, a Reforma do pronto socorro tem mais de 10 anos e ainda não terminou. O hospital por várias vezes foi manchete por problemas estruturais que urgem por solução.

Sem leitos de UTIs

Os profissionais que vivem a realidade do hospital no dia a dia são indignados ainda com a falta de UTIs na região . Em razão da falta de profissionais e carências na estrutura a implantação de UTIs não é assim tão fácil.

Políticos e líderes da região se mobilizam há tempos na busca por leitos de UTIs para o hospital mas antes disso há os gargalos crônicos que precisam de uma ampla frente e pacto institucional para ser resolvido.

O hospital de Dianópolis é o único de referência para o sudeste do Tocantins e cobre nove municípios onde vivem 60 mil pessoas. O problema com a falta de médicos é antigo.

“Continua com a falta de médicos, é um problema recorrente. Equipamentos, medicamentos. Enfim, praticamente não existe resolutividade. O que funciona e mal, é a famosa “ambulancioterapia”, definiu o prefeito José Salomão á Gazeta sobre a situação do hospital.

A Gazeta teve acesso ás demandas apontadas por quem trabalha no hospital. Na lista, que deve embasar a formalização de pedidos ao governo, estão questões como escalas, quantitativo de profissionais e outras questões estruturais.

O Regional tem jeito e a região clama pelas soluções a curto, médio e longo prazo para estruturar melhor a saúde estadual na cidade. Para os servidores e moradores o sentimento é unânime sobre este assunto: o de poder acreditar que de fato a situação vai mudar! Os leitos de UTIs ainda não chegaram na região mesmo com a pandemia. A cidade, segundo o sistema Integra Saúde do governo, tem quatro leitos clínicos contra Covid mas já chegou a ter 10 e até a receber pessoas de outros lugares na fase mais difícil da Pandemia.

A região tem várias demandas, algumas em processo de resolução como a ida da própria Unirg que ajudará a formar quando implantada. Mas a situação do hospital é latente e precisa ir além de gerenciar as crises que surgem vez por outra.

O hospital quer deixar de ser de “transferência” e atuar de fato como a referência que a população merece que ele seja.

A Gazeta acompanha o assunto e a busca por soluções para os principais gargalos.