Com inauguração da primeira etapa prevista para nove de agosto, o Parque dos Povos Indígenas é um legado dos primeiros jogos mundiais indígenas, realizado em Palmas no ano de 2015. O parque terá 17 km de extensão e está sendo construído na praça da arvore, no plano diretor norte da capital e faz parte da proposta do programa de cidades sustentáveis desenvolvido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A capital é uma das poucas cidades no Brasil que recebeu o titulo do BID de cidade sustentável e leva a serio a sua vocação. O parque contará com corredores ecológicos que proporcionaram aos seus frequentadores e visitantes uma ampla interação com a natureza. Esse elo com o nosso presente preservado, representa para as futuras gerações um compromisso com a sustentabilidade.
O prefeito de Palmas, Carlos Amastha, disse que a capital quer realmente abraçar esse resgate das origens e o respeito à cultura e a natureza: “o futuro de Palmas está ligado a essa história linda” disse. Em seus 17 km de extensão o Parque dos Povos Indígenas fará integração com museus, bibliotecas, um centro esportivo, e uma escola de tempo integral que está em pleno funcionamento.
Qualidade de Vida
O espaço é ideal para a prática de exercícios físicos devido ao clima agradável, ás margem do córrego Sussuapara. No parque serão instalados diversos equipamentos esportivos, duas pistas para caminhada, quadras poliesportivas, academia ao ar livre, parquinhos para criança, praça de alimentação e uma das maiores pistas de skate do Brasil. Além disso, segundo a prefeitura, o local também será utilizado para sediar eventos culturais. Alguns praticantes afirmam que a nova pista de skate irá colocar a capital dentro do circuito nacional de competições da modalidade e vai atrair esportistas de várias regiões do país. Outra modalidade que será contemplada no parque será o slackline.
Sustentabilidade
A primeira etapa do parque está sendo construída na praça da arvore que foi totalmente revitalizada e facilitou o desenho das pistas de caminhadas, o que aproxima bastante os frequentadores da natureza privilegiada do local.
Segundo a prefeitura, o design dos corredores ecológicos tem intenção de virar referencia nacional, pois respeitou a geografia e a flora do ambiente não sendo necessário derrubar nenhuma arvore para desenvolver o projeto. São apenas seis passagens que fazem a ligação da nascente preservada do córrego Sussuapara até ele desaguar no lago. A travessia dos animais é outro ponto fundamental desse projeto, e segundo a prefeitura, os corredores de acesso funcionaram por baixo das estruturas como uma espécie de galerias para facilitar a movimentação dos bichos. “Estamos resgatando aquilo que a gente interrompeu” finalizou Carlos Amastha.
A construção do Parque dos Povos Indígenas faz parte de um audacioso e grandioso projeto à longo prazo, que pretende interligar via grandes corredores ecológicos as principais áreas verde de Palmas como a do córrego água fria, a orla, o córrego brejo cumprido e o prata. Esse enorme corredor ecológico quando completamente conectado colocará Palmas entre as cidades que detêm as maiores florestas urbanas dentro de seus limites. A população também é uma peça fundamental nesse processo, pois depende dela a fiscalização e a consciência de preservação de importante espaço público.