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Vinte e três movimentos assinaram uma nota de repúdio a um assédio sofrido por Adriana Rabelo da Silva, uma estudante de História da Universidade Federal do Tocantins – UFT. Na nota divulgada, o suposto episodio misógino ocorreu no dia 30 de julho deste ano.

 

De acordo com a nota, os acadêmicos Alex John, Hiago Rafilsk e José Teixeira (Presidente Estadual da UJS/TO) criaram um grupo no aplicativo WhatsApp, com codinome “boladona” que em seguida foi trocado o codinome para “surubão com a Drika”, no qual tais indivíduos iniciaram ataques por áudios e mensagens com teor extremamente constrangedor, misógino, sexista e violento intimidando diretamente à vítima.

 

“Repudiamos também a atitude de alguns militantes de coletivos estudantis que naturalizaram o ocorrido, culpabilizando à vítima, justificando a ação de um dos agressores por um possível abuso de álcool”, diz a nota.

 

Segundo o art. 50 (Lei Maria da Penha) qualquer ação ou omissão ao gênero feminino que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual, patrimonial ou psicológico, trata-se de violência contra a mulher e configura-se por crime.

 

A nota reforça que toda mulher é responsável por seu corpo e nenhuma pessoa tem direito de ameaçá-la, expô-la, intimidá-la, diminuindo-a por meio de discursos e/ou ataques misóginos, sexistas ou machistas.

 

Outro trecho da nota diz: “não aceitaremos a perpetuação do machismo, do sexismo, da misoginia, do racismo e da Lgbtfobia dentro da Universidade Federal do Tocantins/UFT”.

 

Movimentos repudiaram o acontecimento:

 

*Diretório Acadêmico Alteridade- Campus Miracema

*Centro Acadêmico de Pedagogia-CAPED Miracema

*CAEF – Centro Acadêmico de Educação Física de Miracema

*Diretório Acadêmico Campus de Arraias (DACA)

*Centro Acadêmico de Turismo(CATUR) Arraias

*Centro Acadêmico de Pedagogia (CAPE) Arraias

*CACS – Florestan Fernandes

*Centro Acadêmico de Ciências Biológicas (CACB) Porto Nacional

*Diretório Acadêmico Pedro Tierra – Porto Nacional

*Centro Acadêmico de R.I Emiliano Zapata

*Comitê Central do CALE

*Centro Acadêmico de Nutrição  (CANUT)

*Centro Acadêmico de Química (CAQUI)

* Centro Acadêmico de Pedagogia (CAPED-TOC)

*O IBRAT instituto brasileiro de transmasculinidades

*E atrato associação das travestis e transexuais do Tocantins

*Coletivo Gercilia Kraho

*RUA – juventude capitalista

*Coletivo Flor de Pequi

*Centro Acadêmico de Biologia Rachel Carson (CABRAC) – Araguaína

*CAGEO Dina do Araguaia – Araguaina

*CACS Florestan Fernandes-Tocantinopolis

* Centro acadêmico de Matemática – Arraias

 

Segue na íntegra a nota:

 

NOTA DE REPÚDIO

 

Nota de repúdio ao assédio sofrido à acadêmica do curso de História: Adriana Rabelo da Silva. O centro acadêmico de História e o Diretório Alteridade vêm a público emitir uma nota de repúdio contra o episódio misógino, ocorrido no dia 30/07/17 às 23h57, no qual três acadêmicos da Universidade Federal do Tocantins/UFT, Alex John, Hiago Rafilsk e José Teixeira (Presidente Estadual da UJS/TO) criaram um grupo no aplicativo WhatsApp, com codinome “boladona” que em seguida foi trocado o codinome para “surubão com a Drika”, no qual tais indivíduos iniciaram ataques por áudios e mensagens com teor extremamente constrangedor, misógino, sexista e violento intimidando diretamente à vítima. Repudiamos também a atitude de alguns militantes de coletivos estudantis que naturalizaram o ocorrido, culpabilizando à vítima, justificando a ação de um dos agressores por um possível abuso de álcool.

 

Segundo o art. 50 (Lei Maria da Penha) qualquer ação ou omissão ao gênero feminino que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual, patrimonial ou psicológico, trata-se de violência contra à mulher e configura-se por crime. Diante do exposto, reforçamos que toda mulher é responsável por seu corpo e nenhuma pessoa tem direito de ameaçá-la, expô-la, intimidá-la, diminuindo-a por meio de discursos e/ou ataques misóginos, sexistas ou machistas. “Bêbado ou não, amigo e/ou estranho” não aceitaremos a perpetuação do machismo, do sexismo, da misoginia, do racismo e da Lgbtfobia dentro da Universidade Federal do Tocantins/UFT. Machistas não passarão!!! Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!!!