porcos

Novo estudo divulgado na revista Science mostra que estamos mais próximos de conseguir transplantar órgãos de porcos emhumanos. Graças ao desenvolvimento da ciência, foi possível acabar com um dos maiores problemas da questão: a existência de retrovírus, como o PERV, nas células dos animais que poderiam infectar as pessoas.

Há anos, a empresa americana eGenesis usa a tecnologia de edição de genes CRISPR para inativar a codificação do vírus que espreita dentro do DNA do embrião de porco. Agora, eles anunciaram que seus embriões sem PERV se tornaram leitões saudáveis, sendo que o mais velho tem 4 meses de idade.

Animais como macacos e porcos podem ser geneticamente modificados para produzir tecidos que não sejam rejeitados pelo corpo humano, possibilitando o xenotransplante (transplante entre espécies).

“Esta pesquisa representa um avanço importante no fim das dúvidas sobre a transmissão viral entre espécies. Nossa equipe ainda irá trabalhar na raça do porco sem PERV para possibilitar xenotransplantes seguros e efetivos”, afirma Luhan Yang, chefe cientista da empresa, em comunicado.

A saída, entretanto, não agrada a todos. Milhões de porcos já são sacrificados para consumo humano e, nesse caso, outros mais seriam mortos. Entretanto, especialistas argumentam que essa seria uma ótima saída para salvar vidas, além do fato de que os animais seriam mortos de forma humanizada e indolor.

Segundo entrevista do geneticista da Universidade Harvard George Church, ao The New York Times, se tudo der certo, transplantes do tipo podem começar a acontecer já em dois anos.

Fonte: Revista Galileu