A conta de luz dos brasileiros deve continuar em bandeira tarifária vermelha em setembro, o que significa cobrança extra junto aos consumidores, afirmaram especialistas à Reuters, após as chuvas dos últimos dias serem vistas como insuficientes para recuperar o nível dos reservatórios das hidrelétricas do país.
As bandeiras servem para sinalizar ao consumidor a oferta de energia, com custos maiores em momentos de menor produção para incentivar um consumo racional. No patamar vermelho, elas geram um custo adicional de R$ 3 a cada 100 kilowatts-hora consumidos.
“A maior probabilidade é que seja bandeira vermelha, com uma pequena chance de mudar para amarela, se as chuvas melhorarem… o problema não é só chover, tem que chover no lugar certo, nas bacias”, disse o presidente da comercializadora de energia América, Andrew Frank.
Após boas chuvas que levaram a bandeira ao patamar verde em junho, uma piora no cenário levou o indicador ao amarelo em julho e novamente ao vermelho em agosto.
“Nós projetamos 90% de chance de bandeira vermelha em setembro”, disse o presidente da comercializadora Tesla Energia, Sérgio Moraes.
O diretor de pesquisas da comercializadora Compass, Gustavo Arfux, também aponta para a continuidade da bandeira vermelha.
“Para adiante é difícil fazer previsões, mas para setembro vemos a continuidade da bandeira vermelha”, afirmou.
Na comercializadora Energética, a projeção é de que se não houver uma melhora relevante as contas de luz podem continuar na bandeira vermelha também em outubro, uma vez que só são esperadas chuvas mais fortes a partir de novembro, com o começo do período úmido.
“Não vai mais acontecer de chover como aconteceu em maio, o que levou à bandeira verde em junho… tem grande probabilidade de manter a bandeira vermelha em setembro, outubro”, disse o diretor de comercialização da empresa, Laudenir Pegorini.
Fonte: Época Negócios