Maju Cotrim

O ex-presidente da OAB, Walter Ohofugi foi o primeiro entrevistado de uma série de entrevistas exclusivas da Gazeta do Cerrado no quadro “Trocando em Miúdos”.

Advogado há mais de 30 anos e polêmico ele respondeu perguntas ácidas sobre sua gestão e comentou como analisa a atual situação da advocacia no Estado.

Ohofugi revela ainda que em 2018 quase foi candidato ao Senado ao se filiar ao PSD.

Ele, que é oposição á atual gestão da OAB, fez também uma série de críticas.

“Nós passamos uma crise sem precedentes. A classe hoje, se encontra em um momento envergonhada, na minha opinião. Eu entendo que os problemas pessoas que o atual vem enfrentando, primeiro uma coisa precisa ser pontuada. Ele ( o atual presidente Gedeon Pitaluga) tem o amplo direito à defesa, a categoria tem que preservar isso, tanto é que outros envolvidos na operação durante a nossa gestão, fizemos questão de intervir nos processos, fomos até multado pelo juiz numa quantia de R$ 1,5 milhão que conseguimos reverter. Acho que estes advogados envolvidos nestas situações e quaisquer outras, eles merecem toda a atenção da Ordem para que sejam respeitadas as suas prerrogativas. Mas, ao mesmo tempo espera de um gestor a contrapartida de preservar a imagem da classe. O que nos vemos hoje? Vemos uma classe escondida. Não vemos a figura do presidente da OAB. Hoje em dia não temos postura nenhuma, não vemos a figura da presidência. Eu trabalhei muito a questão do coletivo. Ele teria duas opções. Uma, enfrentar, chamar uma coletiva de imprensa para explicar para sociedade e para classe o que aconteceu. Se ele acha que isso prejudica a defesa, aí sim, deveria se afastar, ou renunciando para preservar a imagem da classe, agora, somos uma classe envergonhada, somos motivos de piada. Nós estamos num momento crítico da advocacia. Nunca viemos isso nos 30 anos de história da OAB no Tocantins e nunca passamos por isso”, alega.

Em outro momento ele falou em “gourmetização da classe”. “Ele (o atual presidente Geden) some e aparece postando naquele Mundo do Chambari. Na verdade, nós estamos vendo essa gourmetizacao da classe. Quem tá sendo servido de bandeja é a imagem da categoria”, chegou a dizer.

Sobre as eleições deste ano ele disse que não vai disputar e que não vai “capitanear” também nenhum grupo porém irá se manifestar na hora certa.

Ohofugi falou ainda sobre o cenário do exercício da profissão em meio á formação de tantos novos profissionais.

Assista a íntegra da entrevista: