Especial Gazeta do Cerrado

Ao todo, 123 municípios foram representados por seus prefeitos, vice prefeitos e secretários na reunião que aconteceu na tarde desta quarta, 23, na Assembleia Legislativa do Tocantins para anunciar a aprovação do pedido de empréstimo no valor R$ 146 milhões pelo Estado junto ao Banco do Brasil e para discutir o destino do de outro empréstimo no valor de R$ 453 milhões pleiteado pelo Governo junto à Caixa Econômica Federal que atualmente tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Casa. O clima foi de críticas por parte dos deputados que adotaram tom municipalista para defenderem os prefeitos. Um dos principais gestores do Estado, o presidente da Associação Tocantinense de Municipios- ATM, Jairo Mariano não compareceu.

O presidente da Assembleia, o deputado Mauro Carlesse (PHS), disse que o objetivo da reunião foi comunicar aos prefeitos a aprovação desse financiamento “foi uma luta muito grande dos deputados e graças a Deus chegamos a um acordo. Estamos discutindo a igualdade dos recursos que serão destinados aos municípios” disse.

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A mobilização dos prefeitos, que foi decidida de forma unânime pelos 24 legisladores, movimentou a Assembleia durante a reunião pautada pela discussão sobre a distribuição desse recurso de forma igualitária.

De acordo com a assessoria da Casa de Leis, cada município vai ser contemplado com cerca de R$ 1 milhão que devem ser destinados as obras de infraestrutura. Os gestores de cada cidade vão definir a prioridade dos investimentos e quem vai executar a obra é o Governo do Estado, não havendo desa maneira um repasse direto aos municípios.

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Parlamentares

O deputado Wanderlei Barbosa (SD), parabenizou o presidente da Casa pelo seu empenho em discutir os projetos junto aos municípios: “eu parabenizo o deputado Mauro Carlesse, não pela resistência, não pela demora e sim pelo entendimento da questão e por ter assumido o desgaste. Houve momentos em que foi dito que nós estávamos “sentados” no projeto. Nós estamos querendo construir momentos como esses. Não dá mais para os municípios de 0.6 pagarem a conta e não serem contemplados. Imaginem a diferença que fará um milhão de reais entrando nos cofres dos municípios de 0.6, o quanto isso será importante” e concluiu: “não dá para o tocantinense continuar na poeira, na costela de vaca, no chão batido. Não dá!”

Alan Barbiero (PSB), defendeu uma posição municipalista e descentralizada ao afirmar que o dinheiro dos recursos deve ser gerido pelo prefeito de cada município: “nós defendemos que a maior autoridade desse país seja o prefeito de uma cidade. Eles devem ser respeitados”. Ressaltou também as dificuldades enfrentadas por parte dos gestores para agariar fundos pois, os recursos estão centralizados na união e não aplicado diretamente nos municípios e indignou-se “eu acho que é constrangedor para um prefeito eleito democraticamente, ter que as vezes ficar com o “pires” pedindo a um parlamentar. Esse recurso não precisaria dessa ponte. Já deveria estar estabelecido na nossa constituição a autonomia de cada município”, disse.

Gestores

O Portal Gazeta do Cerrado entrevistou alguns prefeitos para saber como eles vão investir os recursos, e a maioria deu prioridade as obras de pavimentação asfáltica e infraestrutura. A prefeita de Brejinho de Nazaré, Miyuki Hyashida, afirmou que vai investir nas maiores necessidades do município como a extensão de água, energia e asfalto “colocar esse asfalto vai realizar o sonho de muita gente” ressaltou.

O prefeito de Formoso do Araguaia, Wagner Coelho de Oliveira seguiu a mesma linha “hoje o grande deficit da nossa cidade é justamente a pavimentação asfáltica que é um clamor da sociedade formosense” explicou