Restaurante Maria Izabel 

Avaliação do Restaurante Maria Izabel Cozinha Contemporânea de Palmas, Tocantins. Por Marco Aurélio Jacob

Por Marco Aurélio Jacob

A entrada prima pelo bom gosto,  e convidativa a quem passa em frente. Explora muito bem a arquitetura e os conceitos que o marketing sugere, conseguir colocar no nome, o negócio, enfim, a proposta do nome e o conceito do restaurante “Maria Izabel” deram certo e hoje Palmas conta com mais um estabelecimento de comida típica Tocantinense, desta vez, elegante.

Infelizmente há um erro conceitual no complemento do nome quando se autodenomina Cozinha Contemporânea, pois cozinha contemporânea tem como característica as influências da gastronomia internacional como a francesa ou italiana, mesmo sem ser destes países, só que não vem ao caso aqui por se tratar de comida típica, local ou regional (o que não é nenhum desmérito por sinal). Muito pelo contrário, aqui poderia ser a inauguração oficial de um novo restaurante típico da gastronomia tocantinense:  “Maria Izabel – Cozinha Tocantinense”.

Avaliação do Restaurante Maria Izabel Cozinha Contemporânea de Palmas, Tocantins. Por Marco Aurélio Jacob

Marco Aurélio Jacob, Regiane e Maria José Cotrim

Localizado em uma área central entre a Praça dos Girassóis e o Shopping Capim Dourado, vem atender o lado de cá da praça que não quer ir ao shopping e busca um almoço (ou janta) com cara de comida regional caseira, bem elaborada, “Com alho e cebola picado ou moído na hora, sem temperos prontos ou comprados em mercado” elucida Regiane, a proprietária,  que coloca a mão na massa todos os dias.

O investimento não foi pequeno e a proposta arquitetônica em utilizar os ambientes da casa e o próprio jardim, transformaram o estilo tradicional de salão restaurante em um clima intimista e agradável.

Avaliação do Restaurante Maria Izabel Cozinha Contemporânea de Palmas, Tocantins. Por Marco Aurélio Jacob

“O cardápio está sempre aumentando” diz o sobrinho da proprietária que está atendendo como garçom “a cada semana incluímos um prato novo e amanhã já terá o dobro de pratos que temos hoje” (visita realizada dia 26/07/2017),

O Restaurante é familiar, pois a irmã, o sobrinho e os dois filhos de Regiane estão ali para ajudar e atender com o olhar mais cuidadoso de quem é “dono”. Ela mesma largou “tudo” trouxe a irmã e família de fora para ajudar no restaurante e passou o ultimo ano e meio na pesquisa e na montagem do restaurante.

O público do almoço cresce a cada dia: “todo dia temos pelo menos um dos pratos que vendemos a la carte em nosso almoço” que é servido em panelas para garantir o clima de “comida caseira” e mais intimista, complementa a dona. Outra proposta alinhada as tendências de saudabilidade da população palmense são os sucos funcionais, ponto para o estabelecimento.

Vamos ao prato:

Com preços um tanto salgados para as entradas, (assim como para os pratos) ficamos com a tradicional Macaxeira (a entrada mais barata: R$ 15,00), que é servida praticamente “em natura” com as raízes compridas e fritas por imersão. O que pode complicar um pouco para quem gosta de comer com palitos ou mesmo com a mão. Às vezes o tradicional não é tradicional e usual à toa: fica a dica!

Avaliação do Restaurante Maria Izabel Cozinha Contemporânea de Palmas, Tocantins. Por Marco Aurélio Jacob

Entrada: Macaxeira, a mais em conta do “Maria Izabel”

Acompanha manteiga de ervas e molho de pimenta, que ao meu ver, não tinha gosto de manteiga e sim de um molho quase sem personalidade, pois faltaram tanto ervas quanto pimenta.

O prato:

MARIA IZABEL DE COSTELA DE SOL:

As influências goianas ainda estão presentes nesta região do país e o conceito de panelinha acompanha a comida típica de Tocantins. Neste caso, ao servir um dos mais tradicionais pratos da terra, o Maria Izabel, casou perfeitamente.

O prato acompanha salada (sem tempero), banana da terra frita e um molho de pimenta bem fraquinho, quase sem pimenta.

Avaliação do Restaurante Maria Izabel Cozinha Contemporânea de Palmas, Tocantins. Por Marco Aurélio Jacob

Prato: Maria Izabel de Costela de Sol

Avaliação do prato Maria Izabel de Costela De Sol.

  1. Apresentação visual: 7

(é como o prato é apresentado ao cliente, com decoração e atração aos olhos)

  1. Aroma e Sabor: 5

(duas características mais importante para os pratos, se ele desperta o paladar pelo aroma e se o sabor faz jus a tudo isso)

  1. Técnicas utilizadas: 8

(questão de técnica que pode ser observada, se utilizou temperos prontos ou mesmo a dificuldade e o tempo de pré-preparo, preparo e montagem)

  1. Originalidade e criatividade: 7

(se a receita já é velha conhecida do grande público ou se surpreende pela união dos ingredientes e forma de preparo)

  1. Higiene: 10

(este aspecto avalia não só a limpeza e apresentação do prato, mas também do estabelecimento e a apresentação dos funcionários, com uniformes e higiene pessoal bem apresentados)

  1. Atendimento: 7

(Muitos estabelecimentos esquecem dos treinamentos constantes dos funcionários, levando em conta a simpatia, a atenção e o preparo que os mesmos devem ter durante o atendimento, desde o contato visual até a sugestão do cardápio)

  1. Sugestão de Harmonização: 7

(Nos estabelecimentos que contam com um maitre ou um sommelier, as dicas de um bom profissional fazem a diferença, neste quesito será questionado ao garçom se existe alguma bebida que combine ou harmonize com o prato pedido e será avaliada a combinação entre os paladares e o sabor residual)

Nota Gazeta do Cerrado: 7,3

Chef Marco Aurélio Jacob, publicitário, jornalista e crítico gastronômico: começou cedo na gastronomia, e suas principais influências vem da gastronomia Italiana e Sírio-libanesa que correm em suas veias, de seu pai, o temperos com personalidade nos pratos quentes e de sua mãe, as sobremesas magistrais que sempre fazia, com oito anos tirou a especialidade de cozinheiro no movimento escoteiro e nunca mais ficou longe da cozinha. Em suas viagens por mais de 20 países angariou conhecimento, temperos e sabores. Fez curso de Chef de Cozinha e Restaurateur em Curitiba e trabalhou em renomados restaurantes em Curitiba, Santos, Londres e Palmas. Além de empresário das comunicações, se dedica a consultoria e crítica gastronômica.

Chef Marco Aurélio Jacob, publicitário, jornalista e crítico gastronômico: começou cedo na gastronomia, e suas principais influências vem da gastronomia Italiana e Sírio-libanesa que correm em suas veias, de seu pai, o temperos com personalidade nos pratos quentes e de sua mãe, as sobremesas magistrais que sempre fazia, com oito anos tirou a especialidade de cozinheiro no movimento escoteiro e nunca mais ficou longe da cozinha. Em suas viagens por mais de 20 países angariou conhecimento, temperos e sabores. Fez curso de Chef de Cozinha e Restaurateur em Curitiba e trabalhou em renomados restaurantes em Curitiba, Santos, Londres e Palmas. Além de empresário das comunicações, se dedica a consultoria e crítica gastronômica.