O Cerrado é considerado o segundo maior bioma da América do Sul, cobrindo uma área superior a dois mil quilômetros quadrados, que corresponde a aproximadamente 23% do território brasileiro, sendo a principal vegetação de Palmas. Neste sábado, 11, comemora-se o Dia Nacional do Cerrado, e a Prefeitura da Capital destaca as iniciativas realizadas para a preservação e recomposição das espécies.
Entre os programas está o ‘MudaClima’, que propõe o plantio de árvores nativas do Cerrado, para ampliação de áreas arborizadas na Capital e recuperação de áreas degradadas, além de ampliar a presença de árvores em canteiros e áreas verdes.
Palmas também conta com o Programa ‘Água Viva’, que trabalha o monitoramento e recuperação da qualidade e quantidade e a conservação dos rios, nascentes, olhos d’água perenes e das áreas de preservação permanente.
O ‘Água Viva’ promove a identificação dos córregos, das nascentes ou olhos d’água em território municipal, de especial interesse para a proteção ambiental e aqueles destinados ao abastecimento público e realiza o planejamento e implementação de ações destinadas à recuperação, preservação, conservação e monitoramento dos córregos e das suas respectivas nascentes.
O município realizou ainda um programa de ‘Manejo das Capivaras’, elaborado a partir do diagnóstico populacional dos animais no município, quando foram identificados hábitos, interação e convívio com o ser humano e com o ambiente.
Outras espécies animais que merecem destaque no cenário urbano de Palmas são os sagüis, que são avistados em todas as áreas verdes e matas palmenses, alimentando-se de frutos silvestres. O mesmo ocorre com os pássaros, como araras e periquitos, que principalmente aos finais de tardes fazem um grande alarido em suas revoadas.
Preservação
Mesmo com a Prefeitura mantendo programas e ações para preservação do Cerrado, o biólogo Marcelo Grison, da Fundação Municipal do Meio Ambiente (FMA) reforça que manter este bioma vivo não depende só do poder público, mas de toda a sociedade, nas cidades, propriedades rurais, áreas de preservação, entre outras. “A população deve entender que sem o Cerrado, com todas as suas funções como captação e absorção das águas para abastecer os lençóis freáticos, a rica biodiversidade animal e vegetal, a beleza cênica, entre outras, estaremos colocando em risco nossa saúde e a própria existências, pois o comprometimento das fontes de alimentos, o aumento das emergências climáticas, desertificação de áreas, entre outros prejuízos econômicos, sociais e ambientais podem ser o resultado do mau uso dos recursos providos por este bioma”, alerta ele.
Apesar da riqueza biológica do Cerrado, diversas espécies de plantas e animais correm risco de extinção. Estima-se que 20% das espécies nativas e endêmicas já não ocorram em áreas protegidas e que pelo menos 137 espécies de animais típicas do Cerrado estão ameaçadas de extinção, incluindo a onça-pintada. Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente.