Uma advogada de Palmas está sendo investigada pela Polícia Civil suspeita de agredir uma servidora pública federal com deficiência em um lava a jato em Porto Nacional. Imagens que mostram os hematomas no corpo de Ana Cláudia Rodrigues circularam na internet e o caso ganhou grande repercussão nas redes sociais.

O advogado da suposta agressora, Wesley Magno Resende Holanda, afirmou que a cliente pode ter esbarrado na vítima durante um “entrave físico” que teve com o próprio companheiro.

Tudo aconteceu na tarde da última sexta-feira, 10, e foi registrado pela Polícia Militar como lesão corporal leve. A vítima contou que estava na conveniência do lava a jato esperando a limpeza de seu veículo, quando um homem se sentou em uma cadeira próxima e lhe cumprimentou.

Logo depois a advogada, que seria esposa do homem, teria se aproximado e iniciado as agressões. A servidora pública relatou ter sido puxada pelos cabelos e agredida com tapas, socos e chutes. Ela sofreu escoriações e hematomas pelo corpo.

Ana Cláudia relatou que não conhecia o casal. Ainda segundo a Polícia Militar, testemunhas contaram que a motivação das agressões teria sido ciúmes, devido ao homem estar sentado próximo da vítima.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que o caso está sendo investigado pela 8ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Vulneráveis de Porto Nacional.

“A vítima compareceu à sede da delegacia e decidiu representar criminalmente contra a suposta agressora. Foram requisitados laudos periciais, sendo que vítima e testemunhas foram ouvidas sobre o caso”, informou a SSP.

A Polícia Civil registrou Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e a suposta agressora será ouvida por meio de carta precatória, uma vez que reside em Palmas.

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Tocantins informou que recebeu a denúncia e vai acompanhar as investigações. “Diante da gravidade do caso, a Ordem informa que acompanhará o caso por meio da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Comissão da Mulher Advogada e, após apuração e análise, tomará as medidas oportunas e necessárias”, afirmou em nota.

O que diz a investigada

 

Segundo o advogado Wesley Magno Resende Holanda, não houve nenhum ato de agressão direcionado contra a servidora pública.

“Ela caiu, ninguém nega isso, mas não houve nenhum tipo de ação deliberada da minha cliente ou do esposo. Eles não se conhecem […] O que houve foi um atrito entre o casal e pelo fato da moça estar próxima acabou que ela infelizmente foi envolvida no conflito, mas nada direcionado a essa moça. Ela acabou envolvida pela proximidade que ela estava no local”, afirmou.

O advogado afirmou ainda que a cliente compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos logo após os fatos e agora aguarda o resultado do exame de corpo de delito da vítima, assim como uma possível intimação para novo depoimento.

“Ela [a advogada] está bastante afetada com a situação. É uma situação pública que tomou uma proporção muito grande e ela não está conseguindo trabalhar esses dias, está trabalhando de casa. Não há nenhuma resistência e antes mesmo da polícia chegar ela saiu do local e foi para a delegacia prestar esclarecimentos”, disse.

Com informações do G1 Tocantins