O Ministério Público do Tocantins (Gaeco) e as Polícias Civil e Militar realizaram na manhã desta terça-feira, 21 uma operação em três estados (Tocantins, Pará e São Paulo) para prender um grupo suspeito de tráfico, roubos e assassinatos com atuação dentro e fora de presídios. Ao todo são 19 mandados de prisão, 6 alvos estão soltos e 13 atuam de dentro dos presídios.

Foram feitas revistas em Unidades Penais de Palmas, Miracema, Paraíso e Cariri. As investigações apontam que os suspeitos foram flagrados em interceptações telefônicas afirmando que tinham mais de 65 armas artesanais dentro das celas. Durante as investigações a polícia apreendeu quase 300 quilos de drogas.

Além do tráfico e dos assassinatos o grupo também é suspeito de cometer assaltos à mão armada e roubar veículos para arrecadar fundos para a facção. Os veículos furtados eram usados em rifas. A Justiça do Tocantins bloqueou R$ 3 milhões em contas ligadas a essa facção criminosa.

A lista com os 19 alvos da operação contra a facção criminosa suspeita de atuar dentro e fora de presídios no Tocantins traz alguns apelidos curiosos para os envolvidos. Um dos principais alvos que se encontra em liberdade e é apontado como comandante do grupo na região de Paraíso do Tocantins é conhecido como ‘Morte’. Há ainda integrantes chamados de ‘Sanguinário’ e ‘Tenebroso’.

Nem os personagens de desenhos animados escaparam. A lista conta com ‘Pernalonga’, ‘Moon Há’ e ‘Coringa’.

Do total de 19 mandados de prisão autorizados, 13 são contra pessoas que já estão no sistema prisional e outros 4 de suspeitos que estariam atuando nas ruas. Dois dois alvos acabaram morrendo em confrontos com a polícia em outras ocorrências antes da operação ser iniciada.

Nota do Governo do Tocantins na íntegra

A Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) informa que colaborou, por meio do Grupo de Operações de Inteligência (GOI) e o Grupo de Operações Penitenciárias (Gope), com a Operação Collapsus comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Tocantins (Gaeco/MPTO) que aconteceu nesta terça-feira, 21, nos estados do Tocantins, Pará e São Paulo, com o objetivo de desarticular um núcleo criminoso vinculado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) que atuava no tráfico de drogas no Tocantins.

O combate a intervenção do crime organizado dentro das unidades penais do Tocantins está sendo feito por meio do Plano de Reestruturação, Reaparelhamento e Readequação do Sistema Penal que qualificou, recalculou e redistribuiu vagas, com vistas a promover a assistência educacional, material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa, e também promover trabalho, com a finalidade educativa e produtiva, visto que onde o Estado está presente não há espaço para o crime.

Também se tem destinado atenção a capacitação, treinamento e valorização dos policiais penais e servidores, resultando em segurança e um ambiente prisional propício para que a pessoa privada de liberdade cumpra sua pena de forma humanizada e que seja reinserida na sociedade com uma nova perspectiva.

Policiais entrando na Unidade Penal de Palmas — Foto: Reprodução

Policiais entrando na Unidade Penal de Palmas — Foto: Reprodução

Policiais entrando na Casa de Prisão Provisória de Palmas — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Foto: MPTO/Gaeco